GENETICA GOULD

Boas novamente peço desculpa relativamente a questão anterior sobre o calculador genetico tenho outra duvida, qual a diferença nos gould entre o lilás e o roxo. Obrigado

Olá,

O lilas é mais claro e o comportamento em relação à genetica diferente.

Cumps.

Bom dia,
O peito lilás é como o Ricardo disse, mais claro e são portadores de peito branco. 

Tens aqui uma calculadora genética traduzida por mim para português que podes aproveitar para fazeres as tuas simulações.

https://www.facebook.com/rc.diamantes/posts/212708302228850?notif_t=like

ou em

http://www.gouldianfinches.eu/sk/geneticka-kalkulacka/portugese/

Olá,

O peito lilás é como o Ricardo disse, mais claro e são portadores de peito branco

Podem ser portadores de branco ou não. Actualmente são aceites como sendo um gene modificar separado, recessivo (cujo efeito é essa cor mais clara) para o roxo mas dominante sobre o branco.

Na prática as combinações possíveis de genótipos são:

Roxo
Roxo/lilás
Roxo/branco
Lilás
Lilás/branco
branco

Cumps.

Olá,

Ricardo, eu já tenho falado sobre esse assunto com vários amigos, e ainda não conheci ninguém que tenha uma linha de aves peito lilás , ou seja um conjunto de aves que cruzadas entre si apenas tirem peitos lilás.
Mesmo em minha casa através dos anos , que não são muitos a criar goulds , todos os peito lilás que tive saíram de peitos branco e todos os peito lilás que vieram de fora portavam peito branco....
Após ter falado com vários amigos sobre o assunto verifiquei que acontece o mesmo com eles, por isso a minha duvida, o peito lilás enquanto mutação existe ou ao longo dos anos apareceu através da mutação peito branco?

E depois nas exposições os portadores de peito branco participam como peito lilás e pontuam, porque se há casos que se destingue bem outros não se nota nada, eu já marquei prémios assim...

A existir a mutação ela está completamente camuflada em portugal, e o pessoal opta por nem sequer comprar aves peito lilás ou então compram a pensar em trabalhar com peitos branco.

Olá Pedro,

Sim, a mutação existe mas embora se costume simplificar como sendo "recessiva" e se possa de forma geral considerar a transmissão como tal, na verdade não é. Além disso tem penetrância variável. Ou seja, é um modificador, o que significa que provavelmente não se trata de um único gene mas de um conjunto de genes ligados próximos. Por isso como dizes aparecem "camuflados" e podem demonstrar vários níveis de actuação.

o peito lilás enquanto mutação existe ou ao longo dos anos apareceu através da mutação peito branco?

Se apareceu do branco ou do lilás não te sei dizer, mas que "apareceu" isso parece-me evidente. Perceber isso seria bastante mais complexo do que fazer alguns cruzamentos teste.

É um problema que está a surgir em várias espécies nos exóticos (e comum nos canários). Fruto da selecção continuada começam a surgir vários modificadores que, não sendo por si, exactamente, mutações, a certo ponto começam a ser tratados como tal. E parece realmente estar ligado ou pelo menos necessitar de algo do peito branco nas duas expressões mais "evidentes" do peito lilás.
Se complicar a coisa, referi que o mecanismo seria (como referes) um lilás como sendo portador de peito branco ou apenas lilás. A questão aqui pelo que tenho seguido do assunto, está em definir se o peito lilás puro (entendo como homozigótico) consegue manifestar essa situação sem algo do peito branco.
Por isso como te digo o mecanismo de manifestação não é unicamente recessivo, apesar de o considerarmos como tal em termos de transmissão.

o pessoal opta por nem sequer comprar aves peito lilás ou então compram a pensar em trabalhar com peitos branco

Quanto a mim o erro de não se evidenciar e esclarecer estas questões é mesmo esse. Quando as regras básicas da genética mendeliana não chegam, começa a funcionar a "experiência e erro". O que é normal e legítimo, mas a única forma de o esclarecer seria através de um plano de cruzamentos definidos, algo que não estou a ver criadores nacionais perderem tempo a fazer.
Basta vermos o estado em que está a genética de canários em que 90% das variedades actuais não têm nada a ver com mutações individuais.

Da minha parte já o indiquei a várias pessoas conhecidas. No dia em que quiserem olhar para estas questões a sério e criar um grupo de trabalho (nesta e noutras espécies), com as coisas feitas como deve ser no que puder ajudar estou disponível.

Cumps.

Boa noite aos caros amigos

São questões como esta aqui esplanada que fazem o gosto dos criadores que se prezam por conhecer/aprender/melhorar no que toca à criação de aves.

Então porque será que as pessoas têm resistência em pesquisar na internet, ler livros técnicos (várias línguas disponíveis) ir a colóquios, palestras ( Vila Franca só foi excelente para psitacídeos, exóticos ... sem comentário) e trocar experiências de criação ???

Para mim visitar uma exposição é sobretudo ver aves, mas mais importante trocar conhecimentos, conhecer criadores, "entrar mesmo dentro" do assuntos que a todos afligem, doenças / condições das aves / suplementos / genética / selecção para concurso, enfim tudo o que gira à volta do hoby.

Mais uma vez e como se diz, nunca parem de querer saber mais - aprender todos os dias

Vitor M G P Antunes

Olá,

Pegando nisto e dado que até o Vítor apareceu, é curioso que esta questão do peito lilás por cá vá dando opiniões do tipo "tenho para lá uns que quando não são roxos mando nos peito lilás" (como ouvi em Vila Franca este ano...).

Resultado, continua-se a ideia do projecto para investigar um pouco a coisa mas não por cá... pedindo ajuda a criadores e organizações lá fora. Que até estão interessados. Curioso. Mas depois esperam que exista a obrigação de ser divulgar tudo?

Cumps.

Olá a todos.

Pelo que consegui saber até agora o peito lilás é uma mutação e funciona de forma recessiva para o peito roxo e dominante para o peito branco, e tal como as outras cores de peito não são ligadas ao sexo.

Pelo que tenho falado com criadores, todos acham ingrato trabalhar o peito branco pelo facto de aparecerem aves com o branco sujo e o peito lilás é uma sorte, ou seja, ou calha bem e sai um lilás bem preenchido e dá pra expor ou então é uma ave a excluir.

Aqui á tempos um colega disse-me que tinha obtido aves de peito roxo com progenitores ambos de peito branco, ora a genética gould como se conhece diz que peito branco com peito branco dá filhos todos de peito branco, e ele diz que teve peitos roxos. Se realmente isto aconteceu é uma questão a refletir, penso eu...
Na minha opinião, penso que as aves, mesmo sendo peito branco podem conter nos genes algum vestigio de informação para o peito roxo, e que no cruzamento esses vestigios podem ser suficientes para dar um peito roxo. Isto é uma ideia minha para procurar explicar a situação mas posso estar errado.

Neste momento a minha seleção está centrada em conseguir um plantel com boa forma só depois me vou centrar nas cores mas estou atento.

Quanto á palestras e á informação divulgada, e já o referi, nunca nos devemos arrepender do bom que fazemos mas sim daquilo que não fazemos.
Penso que nisto não chega divulgar num folheto ou num fórum mas sim por email e a confrontar as pessoas se aparecem ou não e fazendo inscrições. Mesmo para as exposições muitas vezes se não são os organizadores a fazer pressão aos criadores para levar as aves eles não levam e até têm medo de as levar.
È o povo que temos... mas se queremos mudar temos que ser exigentes e exigir. Por outro lado posso dizer que vou conhecendo povo altamente e por isso supera todo o resto.

Cumprimentos a todos.

Olá,

Bruno, que o peito lilás será muito provavelmente alélico da série com o peito branco é algo que já referi várias vezes, incluindo aqui quando penso que foi o Pedro que referiu até que não tinha base genética e não passava de um "defeito". A questão é que o funcionamento dos alelos não é bem o mesmo da genética mendeliana simples dai que depois apareçam aquelas situações em que se "diz" e se "pensa".

Mas o que se "diz e pensa", quando se quer realmente chegar a conclusões o que há a fazer é trabalhar: observar, retirar dados, fazer contas e confirmar ou não as hipóteses. Esse e outros projectos de trabalho já existem há muito tempo. Por cá, com raras excepções, não funcionam. O peito branco na minha opinião não é fácil nem difícil de trabalhar, exige trabalho de selecção e mostra facilmente defeitos que, obviamente, no roxo e lilás são mais fáceis de esconder. Mas é a isso que se chama selecção. Um dos maiores erros é precisamente não perceber o efeito do peito lilás e achar que "roxos mais claros" são bons para trabalhar os peitos brancos, não compreendendo o que é uma série alélica e como funciona.

Em relação a palestras ou o que lhe queiram chamar, já comentei e encerrei o assunto no outro tópico sobre isso. Da minha parte não quero mudar nada, essa fase já me passou há uns tempos (largos)! Quando/se um dia voltar a criar sei perfeitamente o que quero fazer e como e que projectos seguir.

Cumps.

Ok Ricardo até aí percebi, mas quando se decide passar para o trabalho de observar, retirar dados, confirmar ou não as hipóteses, fazer contas etc, acho que é importante considerar as experiências de colegas mesmo que depois constatemos que não foram relevantes.
Sei que hexistem muitos criaores que falando de genética mais aprofundada lhes é um bicho de sete cabeças, e tive um men que me disse na cara que isso de calcular as cores nas descendências é tudo mentira, no entanto só ele é que sabia e é que tinha coisa boa. Disto vamos ter de levar sempre e infelizmente é uma grande percentagem. Mas existem pessoas que levam isto muito a sério e sabem o que fazem.

Abraço.