NOVAS CLASSES - DIAMANTE DE GOULD

Em 2011 a COM/OMJ, na sua reunião anual, alterou substancialmente as classes nos Diamantes de Gould.
Passamos a ter nos Pasteis de 1 e 2 factores, Pasteis de peito branco 1 e 2 factores, Azuis e Azuis de peito branco, as cabeças separadas, ou seja as aves com cabeça vermelha e laranja, ficam numa classe e as aves de cabeça preta numa classe separada.
Sendo a COM-M, através das suas directivas a instituição máxima na Ornitologia, seguindo-se em patamar inferior a COM-P e posteriormente as respectivas federações e clubes. Qual a razão porque as normas da COM-M, não são automaticamente seguidas por todos.
Outra situação e diferente, tem a ver com a facto dum determinado clube/federação adoptar as classes que entende, em cada momento. No entanto, ainda assim, continuamos a ver aves distintas/diferentes a concorrer na mesma classe, machos juntamente com fêmeas, aves com um factor juntas com aves de dois factores.
Será que noutras prestigiadas Secções isto acontece?
Em 1999, os Diamantes de Gould, tinham 2 classes nos Mundiais e internamente haviam 8 classes. Tudo evoluiu, a bem da Ornitologia.
Espero que tão breve quanto possível, também nos Diamantes de Gould, não existam aves diferentes dentro duma determinada classe.
Comentários !

Olá Victor,
antes de mais os meus parabéns pelas aves que possui, são muito boas.
Em relação à questão que levantaste vou dizer o que penso e um pouco derivado à minha experiência.
No caso de abrirem as Classes na C.O.M. os clubes deveriam seguir a regra ou talvez não.
Passo a explicar existem muitas especíes de exóticos distintas a concorrer na mesma classe (F2´s) embora sejam da mesma família, o que não é justo( eu não crio).
No nosso caso mais específico Goulds e Mandarins, independentemente das regras da C.O.M. ou classes C.O.M.
São os clubes que ditam as regras ou abrem classes para machos e femeas ou outras mutações dentro da mesma especíe, os clubes são organizados de forma amadora e constituídos pelos elementos da direção e mais associados ou amigos que possam colaborar, logo se tivermos um clube maioritariemente com associados "Canários", as classes serão as que a F.O.N.P. ou a F.P.O. disponibiliza e como alguns clubes continuam a manter as mesmas directivas de ano para ano (nas classes) não actualizam.
Mas se a Organização tiver elementos mistos "Canários" e "Exóticos" logo ai a malta dos Exóticos já sai a ganhar pois a atenção é muito diferente, abrindo algumas classes.
Em Gondomar é isso que acontece , de ano para ano têm abrindo classes nos Exóticos e aos poucos vão abrangendo mais expositores.
Em Marvão está a acontecer a mesma coisa e têm tido uma evolução enorme com um pequeno grupo de pessoas, abrindo classes.
Depois temos o reverso da medalha, abrem-se classes e alguns dos Senhores "Juízes" não as entendem.
Acredito na dificuldade, mas nínguem nasce ensinado e é a falar e ver as aves que se aprende.
Na minha opinião são muito poucos os que querem evoluir, sair da cepa torta.
A resposta que mais me têm dado é que "não é ético falar".
Isto pode fugir um bocadinho do tema para alguns, mas para os que andam em concursos devem reconhecer alguma verdade do que acabei de dizer.
Os clubes são formados por pessoas comuns e cada um tenta puxar a brasa para o seu lado, o que é normal.
Mas fico feliz por haverem clubes que façam ai a diferença, não descriminando.

Ora aqui está o cerne da questão - juízes especializados em Mandarins, em D. Gould e em F2.

A evolução será aquilo que todos quiserem, a bem duma isenção e critica (por vezes negativa e com alguma razão) que deveria ser amplamente positiva, pois temos muito bons criadores de exóticos.

Não podemos desistir de melhorar, é assim que vejo a Ornitologia, evolução constante.

Olá,

Eu nunca percebi porque é que os clubes estão limitados às regras da COM. Podem perfeitamente abrir classes se o entenderem.
Quando aos juizes perceberem ou não, não é possivel pedir a um juiz se exoticos que perceba de tudo. Isso é um disparate pegado porque são milhares de espécies, sem contar com mutações. E mesmo a ideia de especializar em F2 continua a ser de tal forma ampla que deixa muita coisa misturada.
A especialização só faz sentido em algumas esposições e deve ser, no minimo, tácita. Se o juiz A percebe mais de mandarins deve haver (e geralmente há) bom senso para que seja ele a julgar. O problema está em reconhecer aquilo de que não se percebe, mas isso vai de cada um.
Outra questão que sempre defendi é que os juizes deveriam ser distribuidos pela sua experiência. A ideia de ser OMJ ou não é muito pouco relevante no meu entender. Essa "classificação" se assim quiserem, seria a meu ver um estimulo à formação e evolução dos próprios juizes.
Para isso deveria haver um mecanismo de feedback dos criadores ao trabalho dos juizes nas exposições. Certamente que haveria criticas justificadas e outras muito injustas mas é analisando todas elas que se aprende (quem quer aprender...)

De qualquer forma para mim a maior vantagem de novas classes é permitir aos criadores trabalhar uma determinada variedade de forma consistente e com sentido. Todos sabem que há variedades e espécies que, pelas classes em que concorrem, nunca têm hipóteses se aparecer esta ou aquela ave que não tem nada a ver mas concorre na mesma classe. Isto partindo do principio que toda a gente sabe o que é um diluido inglês e um continental, digo eu...

Cumps,

Pois é amigos,
estamos de acordo, e por exemplos mais que conhecidos por todos nós.
Podia publicar mais sobre o assunto, mas como devem compreender prefiro ficar por aqui.
Infelizmente este assunto ou tema já não é novo, compete-nos a nós (criadores) aos poucos mudar mentalidades, sejam em que especíes forem.Aqui no Fórum não comento mais nada sobre este assunto (Juízes e critérios).
Tentei num clube onde sou sócio mudar um pouco as coisas a nível de atenção aos mandarins, mas não fui bem recebido por quem contava que me apoiasse, logo viro-me para outros clubes.
É claro que não contam só os Mandarins, depois uns puxam pelos outros, na minha opinião era um trabalho que se fazia por fazes, abrindo classes nos mandarins, no ano a seguir Goulds, Estrelas, Estrildas tudo aves que o Fenotipo ou disformismo sexual seja visivel. Não se pode fazer tudo duma vez.A evolução dependeria do numero de ajudas.
Este ano de 2012 vou tentar abrir classes em Marvão , nos F2 especialmente.
No caso de Goulds também tenho de analisar, nos Mandarins algumas pequenas correções.
É claro que não depende de mim, pois não sou da Direção do clube, mas senti abertura para colaborar com eles nesse aspecto e noutros, senti-me muito bem recebido.
Até aproveito este Tópico para aceitar sugestões bem fundamentadas com os nomes cientificos e o nome vulgar, nos F1 menos comuns, F2 essencialmente, os Hibridos é que acho que se mantém(é a minha opinão).
O ideal seria enviarem para mim por email e eu junto tudo e apresento na Direção do Clube de Marvão, claro que estamos dependentes da palavra deles, mas julgo que o trabalho já feito eles agradecem.