GESTAO DO PLANTEL

Olá,

eu gostava que os amigos foristas partilhassem algumas medidas que usam na gestao do plantel para obter o melhor rendimento possivel das suas aves.
Por exemplo(nos gold) em relaçao a machos com caractristicas muito boas eu tento rodar com algumas femeas tambem boas mas diferentes entre elas, as vezes produzem resultados no minimo supreendentes de onde saem linhas de passaros distintas, permitindo que eu jogue com as aves no futuro conforme o que pretendo obter.
Em outras especies em que os machos sao bastante agressivos com o cio(pycta,forbes)opto por manter os casais toda a vida juntos,proporcionando as aves uma alimentaçao diferente,ninhos,papas apenas na altura de procriar.
Já nos mandarins é novo para mim, pelo que apenas,neste momento tiro duas posturas dos casais que quero sacar portadores,sendo que o restantes casais sao passaros cinzentos puros, nao tendo uma linha ainda defenida vou explorar um pouco mais os casais para ter mais opçoes de escolha no futuro.
Nao sei se este tópico acrescenta algo de novo ao forum, mas no minimo seria engraçado(penso eu) partilhar expriencias.

Cumprimentos.

Ola Pedro,
estás no bom caminho, continua.
Em relação aos metodos de seleção e reprodução, pois falas nos dois assuntos acho que estas a agir muito bem.
Em relação aos mandarins poderás fazer a mesma coisa que fazes aos Goulds, utilizando um macho para 2 ou mais femeas, ou entao como fazes nos pyctas e forbes o mesmo casal todos o ano ou mais anos.
Na minha opinião devemos selecionar os mandarins para obter determinado TIPO, eliminando defeitos cada vez mais, ao trabalhares com o mesmo machos irás mais tarde ter problemas de consaguinidade , ai deves ter os registos bem actualizados.
Mas para evoluirmos a sério nos mandarins devemos apostar em aves muito boas ou excelentes pois é dificil atingir aves de topo com reprodutores fracos, não é facil obter as melhores aves para reprodutores mas felizmente alguns criadores portugueses têm dispensado boas aves e então acho que em Portugal o nível está muito melhor, outra coisa também é saber fazer os cruzamentos aproveitando qualidades eliminando defeitos também.
Este assunto já foi falado noutros tópicos.
Continua com a tua força de aprender e ensinar e boa sorte.

Olá Pedro,

Eu no outro dia toquei nesse assunto da gestão do plantel mas o que estás a falar tem mais a ver com selecção do que gestão.
A gestão do plantel tem a ver com a estrutura do efectivo, tanto a nivel de composição como de idade. Um exemplo, se temos 10 casais, quantos ficam de um ano para o outro? Faz mais sentido ter 8 casais velhos e "confiáveis" ou 5+5? Esse é o tipo de decisões de estrutura que podem fazer diferença na continuidade.
Em relação aos aspectos de selecção, a opção de usar um macho para várias fêmeas apenas tem vantagem quando se pretende espalhar rapidamente uma determinada caracteristica. Mas manter uma linha baseada nisso é um pau de dois bicos.

Tudo isto depende das opções de selecção e das linas que se trabalham. No caso dos mandarins se algumas mutações existem bastante espaço e possibilidades de outcrossing frequente para manter as caracteristicas (bochecha negra, por exemplo), outras aguentam-se bem sozinha (peito negro por exemplo).
Olhando apenas para as linhas base, manter uma linha de cinzentos ou castanhos puros é em qualquer caso essencial. E isto significa no minimo uns 4-5 casais. Na minha opinião menos que isso não dá para grande coisa e limita imenso as possibilidades de selecção. Basta pensar que meter um único casal de fora implica uma renovação de 20% o que é imenso numa linha que se queira estável.
Outra forma de olhar para a questão é que com esses 5 casais podemos fazer uma introdução gradual de novas aves, sem ter impacto directo na linha que queremos criar. Há uma regra prática simples, se não temos dúvida que as aves que vamos introduzir são melhores que as nossas (no global) então mais vale introduzir logo um casal dessa linha de fora do que apenas um macho ou fêmea. O valor genético das crias que eles tirem será sempre superior.
De uma forma geral, os cruzamentos entre linhas distintas produzem resultados interessantes nas duas primeiras gerações, e em especial na primeira. O problema é depois. Isso é muito visível no que eu chamo "campeões meteoro" que adquirem aves de grande qualidade, nos dois anos seguintes pontuam regularmente e depois desaparecem, porque diluiram o potencial genético das aves e dificilmente o conseguem recuperar.

Repara que não estou sequer a considerar a parte genética da cor. Esse é um aspecto que quando se entra neste nível de selecção deixa de fazer sentido. Estamos a falar de genética quantitativa (tamanho, intensidade, forma...) que é mais complexa de trabalhar.
Eu prefiro trabalhar com casais, o tempo que poupa rodar os machos num plano de selecção com estas espécies não me parece significativo nem que produza um avanço mais rápido. Além disso, pensando em manter linhas o que me interessa será fechar variabilidade em torno de uma ave e não abrir. Percebo o que estás a queres dizer, mas quando referes que "abres a linha para ter mais opções", isso é exactamente o que não se pretende. Uma linha estável deve, por definição, produzir individuos fenotipicamente semelhantes numa dada caracteristica, o que se faz obrigatoriamente por consanguinidade. Depois dessa linha estar fechada e estável, então sim, é possível (e recomendável) abrir.

Cumps,

olá,

desde já agradeço os comentarios ao tópico(gostava que partecipa-se mais pessoal)embora goste muito de observar os pontos de vista do amigo ricardo que dá um precioso contributo no forum.

Em relaçao ao facto de se trabalhar casal a casal,eu penso que faz mais sentido quando se tem já aves de grande qualidade que darám descendencia ao mesmo nivel dos progenitores,e ai sim concordo que com o facto de que quando se vai buscar fora aves de qualidade superior as de casa o melhor é trabalhar esses passaros entre si, vai-se obter aves geneticamente melhores do que se cruzadas com as que temos(mais fracas).
Mas no caso de nao se ter ainda uma linha defenida de boas aves,na minha modesta openiao, há vantagens em rodar os reprodutores de modo a selecionar as aves com maior potencial genético.
Sendo tambem que podemos ter várias aves de grande qualidade com fenotipos diferentes,e ao cruzar entre eles ir buscar o melhor de ambos,tendo neste caso a desvantagem de nao fixar uma linha defenida ao rodar por exemplo o mesmo macho com varias femeas,mas é uma expriencia engraçada (claro que por exemplo,para levar aves a expor convem fixar linhas de de modo a obter sempre caracristicas semelhantes ,o mais parecido ao standart desejado).

Cumprimentos.