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Comportamento das especies

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Mensagem  pedroribeiro-exoticos Qua 23 maio 2012, 20:53

Ola,

Amigos foristas, reparei que pouca coisa é referida no forum sobre o comportamento das varias especies de exoticos, que no fundo todos criamos, penso que seria no minimo interessante se houvesse uma partilha por parte dos mesmos, de modo a trocar ideias contribuindo assim para reforçar conhecimentos sobre as aves que criamos, ou por ventura possamos vir a ter.

Por exemplo, ao longo dos anos já criei varias especies diferentes e apesar de alguma maneira todas elas me terem encantado, ouve algumas( que já nao tenho outras que mantenho), mas chamaram-me uma especial atençao pelo comportamento ,em especial algumas africanas.
Criei com relativo sucesso pitylias ,era uma ave que familiarizada com o espaço se tornava extremamente docil quase que indiferente para com o criador, o macho tem um canto que se quase nos transporta no tempo para um qualquer bosque, no entanto os machos eram bastante agressivos para com os da mesma especie na época da reproduçao, pelo que no meu caso, como nao tinha viveiros de dimençoes adequadas criava individualmente.

As vezes até entre individuos da mesma especie parece haver alteraçoes de comportamentos conforme as mutaçoes.
Já ha algum tempo que tinha a percepçao que, ora nas voadeiras ou individualmente, os gould de cabeça vermelha eram mais dominantes, sendo que me parecia até que perante a minha pessoa,e sendo todos alvo dos mesmos cuidados e tratamentos, os cabeça preta tinham uma postura mais descontraida e ao contrario os CV eram mais activos e desconfiados.
Decidi eféctuar uma pequena experiencia, juntei 4 femeas adultas "prontas para o ataque" numa gaiola de um metro dividida em 3 por dois separadores em grade, onde de um lado tinha um macho CP e do outro um CV, onde para meu espanto o macho CV era para as femeas tipo o Julio Iglesias no seu fato domingueiro, e o pobre do CP era mais tipo aqui o menino na sua farda apos um dia de trabalho e a cheirar a sebo Very Happy
Claro que isto nao quer dizer nada,foi uma pequena experiencia feita com meia duzia de aves isoladas e nao teve continuaçao, nem há dados cientificos que apoiem a minha teoria ,mas foi interessante de observar.

Espero obter mais openioes por parte dos criadores aqui do sitio, pode ser um debate construtivo trazendo novos assuntos e novas ideias para o forum.
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Mensagem  Jose Fernando Qua 23 maio 2012, 21:18

Olá Pedro,
ontem a par de outras novidades(más) dei com uma femea de Moçambique em bastante mau estado.
Ora é assim, tenho 2 casais um porreiro sem guerras, o outro casal porrada sempre, eu coloco a separadora com rede e no principio andaram bem sossegados, agora devem estar naquela altura especial e o macho depena a desgraçada toda, para evitar desilusões separei de vez esse casal.
Fica o relato de uma especie diferente e menos comum.
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Mensagem  Luís Lourenço Qua 23 maio 2012, 22:16

Boa noite,

Este é um tópico bastante interessante pois para se ter sucesso na criação tem de se conhecer minimamente o comportamento das aves.
Por exemplo, li um artigo muito bom sobre as Emblema Picta e que falava no habitat natural delas, que é o deserto australiano, daí preferirem espaços abertos com algumas zonas com vegetação pois é lá que se abrigam e fazem o ninho. Também estava lá mencionado que adoram esgravatar na areia e poisar sobre pedras. Este tipo de informação é essencial para criadores que queiram criar esta espécie em viveiro, mas também dá uma ideia das condições minimamente necessárias que as Pictas devem ter numa gaiola para que se sintam "em casa" e a sua reprodução seja bem sucedida.

Em relação aos exóticos que já passaram por cá, um comportamento que me chamou mais a atenção é quando a fêmea de Lonchura castaneothorax atrai o macho com uma palha no bico até à caixa-ninho para se iniciar a construção do ninho. Nunca vi esse comportamento em mais nenhuma espécie, normalmente são os machos que com uma palha no bico cortejam as fêmeas (Faces Carmesim, Modestos, Babetes, Bicos de Chumbo ...).

Quando tive Faces Carmesim reparei que eles quando viam algum insecto ou uma aranha, a andar pelo poleiro ou pelas grades, entravam num modo predatório de tal maneira que não descansavam até apanhar o bicho ou quando fugia e o perdiam de vista. A meu ver isso mostra o quão importante é o alimento vivo na dieta destas aves.

Jose Fernando escreveu:Olá Pedro,
ontem a par de outras novidades(más) dei com uma femea de Moçambique em bastante mau estado.
Ora é assim, tenho 2 casais um porreiro sem guerras, o outro casal porrada sempre, eu coloco a separadora com rede e no principio andaram bem sossegados, agora devem estar naquela altura especial e o macho depena a desgraçada toda, para evitar desilusões separei de vez esse casal.
Fica o relato de uma especie diferente e menos comum.

O facto de o macho depenar a fêmea assim dessa maneira significa que já se encontra com o cio, enquanto que a fêmea ainda não (as fêmeas deste tipo de aves costumam ficar prontas a criar mais tarde que os machos). É um comportamento mais tipico de casais que nunca criaram, pois os machos novos costumam ser mais ciosos enquanto que as fêmeas novas é o contrário.
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Mensagem  Jorge Pinto Qui 24 maio 2012, 12:49

Boas.

Infelizmente, a minha experiência de pouco serve para acrescentar algo a este tópico, mas não quis deixar de dar o meu incentivo para que este tópico tenha continuidade, pois é um tema muito interessante.

Pedro, essa questão da cor da cabeça dos goulds, já ouvi falar disso num documentário, ou seja, isso passa-se na vida selvagem. Já deves ter ouvido que em várias espécies de aves, os machos cortejam as fêmeas exibindo as suas exuberantes cores, por isso essa tua experiência faz todo o sentido.
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Mensagem  Fernando Domingues Qui 24 maio 2012, 20:02

Olá Pedro e restante malta, por achar que o tópico é demasiado importante, deixo também aqui o meu contributo...

Como sabem a minha especialidade são os africanos, mais concretamente Estrildas (Bicos de Lacre comuns, Faces Laranja, Bicos de Lacre de Bico Preto) e Amandavas (Bengalins da Índia e Guarda Marinhos).

Este é um tópico bastante interessante pois para se ter sucesso na criação tem de se conhecer minimamente o comportamento das aves.
Por exemplo, li um artigo muito bom sobre as Emblema Picta e que falava no habitat natural delas, que é o deserto australiano, daí preferirem espaços abertos com algumas zonas com vegetação pois é lá que se abrigam e fazem o ninho. Também estava lá mencionado que adoram esgravatar na areia e poisar sobre pedras. Este tipo de informação é essencial para criadores que queiram criar esta espécie em viveiro, mas também dá uma ideia das condições minimamente necessárias que as Pictas devem ter numa gaiola para que se sintam "em casa" e a sua reprodução seja bem sucedida.

Gosto de ver novos criadores a pensar desta forma (Parabéns Lourenço, é exactamente esse espírito que nos permite evoluir). Este é também o meu método.

Depois de estudarmos um pouco a climatologia e comportamento da ave em estado selvagem, é altura de compararmos as mesmas variáveis e analisar causa/efeito. No meu tipo de aves foi preponderante a observação de aves na natureza (apenas no caso dos Bicos de Lacre). A introdução das mesmas ervas do campo em cativeiro foi o principal responsável pelo meu ciclo de sucesso, que está ao alcance de qualquer um.
Os machos do género Estrilda devem ser colocados primeiro num espaço, seja viveiro ou gaiola, e posteriormente é que colocamos as fêmeas. O macho estabelece o território e o local para a nidificação. O macho antes de se armar em Engenheiro Civil, percorre todo o espaço do viveiro com uma palha no bico, onde simultaneamente realiza pequenos movimentos ondulatórios verticais (aos pulinhos cima-baixo-cima-baixo). É sinal que a magia está prestes a acontecer e é normal que pouco tempo depois comecem as núpcias, num ninho de primeiro e segundo andar. Depois de feita a festa o macho passa a pernoitar na segundo andar (separado da primeira câmara), enquanto que a fêmea fica responsável pelo primeiro andar. Ambos os progenitores são responsáveis pela incubação. Em colónia (e é o que difere do comportamento das pequenas gaiolas) quando um casal começa a nidificação, normalmente os outros seguem-se.

No que diz respeito à apetência pelo alimento vivo, nem todas as aves são iguais. Uma coisa é certo, o alimento vivo é muito importante e se as nossas aves teimam em fugir dele, devemos introduzir outras espécies ou aves mais experientes que lhes ensinem. Exactamente, o comportamento colonial destas aves mostra que cada bando apresenta batedores, que analisam as condições do solo, alimentação e depois de um pousar, normalmente segue-se todo o bando.... mas também têm sentinelas que à mínima perturbação avisam os outros através de um piar mais sonoro e consecutivo. Os meus Bicos de Lacre aprenderam a comer alimento vivo com os Bengalins da Índia a título de curiosidade.

Já os Bengalins da Índia, não diferem muito deste comportamento, a não ser a (maior) necessidade de alimento vivo. O macho durante a época reprodutiva costuma atrair a fêmea no mesmo poleiro. Como os machos dos Bicos de Lacre, são os principais responsáveis pela construção do ninho e o mesmo se passa com os Guarda Marinhos. Estes últimos são aves mais tranquilas, pelo que ando à vontade pelo viveiro sem que as aves saiam dos ninhos na grande maioria das vezes.

Se têm muitas aves num viveiro e não sabem quais são as aves responsáveis por determinado ninho, experimentem colocar penas brancas no viveiro. As penas funcionam com verdadeiras lanternas. As aves apressadamente tentam apanhar o máximo que podem e vão até ao ninho. Assim ficamos a saber que no ninho X estão a fêmea Y e o macho Z. As aves preferem materiais mais claros para o ninho, aos mais escuros.

Quando tive Faces Carmesim reparei que eles quando viam algum insecto ou uma aranha, a andar pelo poleiro ou pelas grades, entravam num modo predatório de tal maneira que não descansavam até apanhar o bicho ou quando fugia e o perdiam de vista. A meu ver isso mostra o quão importante é o alimento vivo na dieta destas aves.

A presença de insectos deixam as aves doidas, pelo que devemos procurar em dar mais que uma variedade (tenébrio + bufalo + mosca da fruta, etc).

Um lago num viveiro e o som de água corrente maximizam o instinto natural da ave, melhorando os índices de reprodutividade.

Também estava lá mencionado que adoram esgravatar na areia e poisar sobre pedras.

Quanto a mim é fundamental para os exóticos africanos.

Quantos de vocês nunca se preocuparam em dar gramíneas e relvas (também germinadas) aos Diamantes de Gould. Se estas aves são conhecidas como "'grass-eater and seed eater's", porquê que apenas nos cingimos ao que as marcas comerciais nos oferecem. Eu neste momento estou a estudar o impacto da introdução destas (e outras) sementes e a relação directa sobre a duração do periodo de muda.

Acredito sinceramente que cada criador deve ser Biólogo das suas aves. Boas criações!
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Mensagem  pedroribeiro-exoticos Qui 24 maio 2012, 20:22

Ola,

Fernando desculpa a minha ignorancia, mas graminias sao aquelas ervas verdes que por norma até se ve na beira das estradas e as sementes situam-se no topo do caule? ou é uma especie concreta de plantas?
Quando forneces esse tipo de plantas recolhes directamente da natureza ou tu mesmo as cultivas?

Obrigado.
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Mensagem  Fernando Domingues Qui 24 maio 2012, 21:30

Olá Pedro,

Gramíneas são relvas, capins, gramão (pastos na generalidade). Ás minhas aves dou milhã (Digitaria sanguinalis e Capim, ambos apanhados na natureza - cuidado aqui com o uso de herbicidas). Eu não as cultivo, a milhã é uma erva muito associada aos milheirais, é lá que encontras bastante. O capim existem duas variedades mais comuns. Não sei dar-te os nomes em científico, mas um cresce em campos e outro em arrozais. As sementes encontram-se no topo dos caules em ambas as variedades mas não é por esse motivo que são consideradas gramíneas. Muitas são rasteiras, como o gramão.

As outras variedades compro.
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Mensagem  gimbras Qui 24 maio 2012, 21:37

boa noite Fernando Domingues e restantes foristas.
parabéns Fernando pelo post que publicou; está óptimo.
gostaria de aproveitar o seu texto para levantar, aqui, alguma polémica. vou falar em termos generalistas, com os riscos que isso implica, e não de nenhuma espécie em particular, e gostaria de receber as vossas opiniões.

Fernando Domingues escreveu:Depois de estudarmos um pouco a climatologia e comportamento da ave em estado selvagem, é altura de compararmos as mesmas variáveis e analisar causa/efeito.
concordo, plenamente, com este ponto.

Fernando Domingues escreveu:Os machos do género Estrilda devem ser colocados primeiro num espaço, seja viveiro ou gaiola, e posteriormente é que colocamos as fêmeas.
eu diria, que é o que se deveria fazer com a imensa maioria dos pequenos exóticos. a marcação do território é essencial para que o macho aceite a prol como sua. fazer um casal e introduzi-lo num espaço, simultaneamente, retira o instinto de proteção do território ao macho, e o subsequente instinto de proteção das crias.

Fernando Domingues escreveu: quando um casal começa a nidificação, normalmente os outros seguem-se.
isto deve-se a um factor que normalmente ignoramos; em colónia as aves formam casais de criação e não casais de gestação. trocando isto por miúdos: a fêmea vai escolher um par para criar os filhotes, mas não vai arriscar uma postura (que literalmente lhe sai do sangue e dos ossos) num único macho, que até pode ser estéril. ela vai tentar dar umas escapadinhas e acasalar com o máximo de machos que poder. claro está que o macho também tem os seus trunfos, mas não vem ao caso, agora.

Fernando Domingues escreveu:No que diz respeito à apetência pelo alimento vivo, nem todas as aves são iguais.
contudo, também é errado assumir que a alimentação é estanque: mesmo as aves granívoras, em momentos específicos, comem alimento vivo de origem animal, especialmente larvas.

Fernando Domingues escreveu:Uma coisa é certo, o alimento vivo é muito importante e se as nossas aves teimam em fugir dele, devemos introduzir outras espécies ou aves mais experientes que lhes ensinem.

as aves aprendem por imitação e por curiosidade. daí que, separar e isolar crias da mesma idade pode condicionar o comportamento.

Fernando Domingues escreveu:têm sentinelas que à mínima perturbação avisam os outros.

o comportamento das aves é muito condicionado pela visão. mas, a visão das aves não é como a nossa; é particularmente sensível ao movimento e, por isso, tendem a assustar-se se nos movimentarmos perto delas.

Fernando Domingues escreveu:Um lago num viveiro e o som de água corrente maximizam o instinto natural da ave, melhorando os índices de reprodutividade.

o cérebro das aves está virado para a sobrevivência e a água é entendida como factor vital. já outros animais, se pensam em água, pensam em piscina.

Fernando Domingues escreveu:Eu neste momento estou a estudar o impacto da introdução destas (e outras) sementes e a relação directa sobre a duração do periodo de muda.
muito interessante. já tem alguns indicadores?

Fernando Domingues escreveu:Acredito sinceramente que cada criador deve ser Biólogo das suas aves.
nem sempre é possivel... mas, vamos tentar!
cumprimentos,
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Mensagem  Fernando Domingues Sex 25 maio 2012, 01:25

Olá Gimbras (não sei o seu verdadeiro nome) não encontro polémica, mas sim questões pertinentes. Se não aguçarmos o engenho, somos águas estagnadas.

Concordo com alguns dos seus pontos discordantes.


Fernando Domingues escreveu:
quando um casal começa a nidificação, normalmente os outros seguem-se.

isto deve-se a um factor que normalmente ignoramos; em colónia as aves formam casais de criação e não casais de gestação. trocando isto por miúdos: a fêmea vai escolher um par para criar os filhotes, mas não vai arriscar uma postura (que literalmente lhe sai do sangue e dos ossos) num único macho, que até pode ser estéril. ela vai tentar dar umas escapadinhas e acasalar com o máximo de machos que poder. claro está que o macho também tem os seus trunfos, mas não vem ao caso, agora.

É relativo. Depende das espécies e mesmo dentro destas existem variações de comportamento e aí concordo consigo. Nos Bengalins da Índia já verifiquei poligamia (um trio funcional em vez de um casal), em que o macho fazia o ninho e uma fêmea iniciava a postura. Entretanto ele fazia um segundo ninho e cuidava da 2ª fêmea, cuidando simultaneamente de ambas as proles. Mas nunca mais verifiquei este comportamento. Nos Bicos de Lacre não existe poligamia. Faces Laranja idem. Guarda Marinhos não tenho dados nem experiência suficiente para poder dizer algo.
Na minha afirmação referia-me ao facto de um casal despoletar todos os outros, pois mesmo em viveiros diferentes, as aves comem e bebem na mesma altura e não tenho qualquer controlo sobre isso. O mesmo se passa com a nidificação.

Fernando Domingues escreveu:
têm sentinelas que à mínima perturbação avisam os outros.
o comportamento das aves é muito condicionado pela visão. mas, a visão das aves não é como a nossa; é particularmente sensível ao movimento e, por isso, tendem a assustar-se se nos movimentarmos perto delas.

Não podemos de forma alguma descurar a audição. As aves não reagem aos seus passos antes de entrar no seu exotil? As minhas reagem. Reagem à voz e como muitos de vocês, também reagem à presença de estranhos, o que na minha óptica é normal. Na Natureza asseguro-lhe que os Bicos de Lacre reagem ao som, ou ausência deste. Ex.: Muito vento e depois acalma. Reagem ao som dos Gaios, Milhafres Pretos e outras rapinas como o Tartaranhão dos Pauis ou Águia Sapeira.

Fernando Domingues escreveu:
Eu neste momento estou a estudar o impacto da introdução destas (e outras) sementes e a relação directa sobre a duração do periodo de muda.
muito interessante. já tem alguns indicadores?

Tenho alguns e até surpreendentes mas partem apenas de uma análise empírica. O meu grupo de trabalho é de apenas de 4 elementos, divididos em grupos de 2. Vou adquirir mais umas aves por mudar, mas os dados conclusivos partirão de aves nascidas em casa, perfeitamente adaptados às condições ambientais e microbiologia. Não tenho qualquer historial associado aos Goulds, pelo que para já e sem dados mais elaborados, prefiro não avançar. Digo apenas que (sem associar-mos a muda) traz bastantes benefícios em termos de saúde. Aconselho outros a experimentarem.

Fernando Domingues escreveu:
Acredito sinceramente que cada criador deve ser Biólogo das suas aves.
nem sempre é possivel... mas, vamos tentar!

Esta é a parte que me dá mais prazer. Eu por vezes perco horas a olhar para os meus viveiros e a tentar compreender comportamentos. Faço muitas experiências. Muitas resultam em fracasso, para que uma técnica vingue e permita-nos evoluir e consequentemente aumentar índices de reprodutividade e diminuir a mortalidade. É assim que tenho evoluído. Sou muito curioso e essa curiosidade leva-me a procurar respostas... Por vezes as respostas estão mesmo à nossa frente, mas não lhe ligamos ou damos valor. São os pequenos detalhes que marcam toda a diferença.

A última experiência foi o Bico de Lacre de Bico Preto (Estrilda rhodopyga), uma ave muito calma, dócil e de temperamento calmo. Achei que não fosse difícil de se reproduzir em cativeiro, mas logo percebi que "achei muito mal". As aves fazem ninhos (que já agora, são feitos no chão - ver em baixo) e mais de 90% dos ovos são galados. O problema é que esta espécie começa a incubação cerca de uma semana depois de colocado o último ovo (isto nem é grande problema). A incubação é irregular, ora um dia chocam, ora outro não. Cria directa afastada. Restava o cenário de amas, que em várias espécies o resultado foi o mesmo... devastador!


Comportamento das especies Rhodopyga
Fêmea de Estrilda rhodopyga

Comportamento das especies NinhoRhodopygas
Ninho de Estrilda rhodopyga

Depois de muitas voltas à cabeça, realizei uma experiência que incide directamente no comportamento das aves e o resultado depois de 11 possíveis crias é que... tenho finalmente a primeira cria (no total eram 5 ovos e foram divididos, apenas uma experiência resultou... para já!!!!). Só nasceram duas anteriormente e as amas mataram-nas. Ainda só passaram 24 horas, mas tudo indica que acertei. Ainda é cedo, mas o facto de ter ultrapassado as 24 horas é já um pequeno passo significativo. Os próximos 5 dias vão ditar o sucesso ou... fracasso. Gimbras... gostei bastante do modo como expôs a sua opinião e conhecimento.
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Mensagem  gimbras Sex 25 maio 2012, 13:10

boa tarde Fernando,
muito obrigado por ter respondido.
como eu disse no post anterior, generalizar é sempre perigoso; cada espécie é uma espécie e cada ave uma ave, mas o único modo de estabelecer padrões comportamentais, é fazê-lo de forma mais ou menos alargada e depois contemplar as excepções.
com muita pena minha, não tenho a sua experiência de criação (só tenho uns mandarizitos "rafeiros", para pura diversão) e baseio-me naquilo que, de literatura, consigo apanhar e no que vou lendo aqui no fórum. por questões profissionais, sou levado a ler alguma coisa relativamente ás aves. possivelmente conhecerá que, muito do que se estuda de fisiologia de voo, se baseia em experiências feitas com pequenos exóticos (dada a sua rápida reprodução), em rapinas (pelo factor altitude e falta de oxigenação) e nas aves marinhas (pela resistência física e pelos níveis de salinidade).
o que referi dos casais de criação, baseia-se precisamente num estudo desses: testes genéticos demonstraram que, em colónias de mandarins, só cerca de 25% das crias eram filhas do suposto pai e, em média, em cada ninho havia filhos de 3 pais diferentes (de notar que, neste estudo, os pais tinham alimentação fácil à disposição; na natureza, porque "a vida é mais difícil" poderá não ser tanto assim). o mesmo estudo também mostrou que, se retirarmos uma fêmea da colónia e a escondermos alguns minutos, quando ela é de novo introduzida, volta imediatamente para o território do "seu" macho e, em mais de 90% dos casos, ele gala imediatamente, para garantir a superioridade dos seus genes.
quanto à questão da audição, plenamente de acordo. aliás, é mais ou menos consensual que, nas presas a audição é o sentido mais apurado; já nos predadores, regra geral, é a visão, embora em muitos casos seja o olfacto (estou a falar do reino animal em geral).
já agora aproveito para lhe desejar o maior sucesso com as criações em geral, e esta em particular.
espero continuar a poder partilhar da sua experiência, aqui no fórum.
cumprimentos,

ps: o nome é jorge silva, mas gimbras serve perfeitamente.
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Mensagem  Fernando Domingues Sex 25 maio 2012, 14:09

Boa tarde Jorge, foi um prazer.
Continuarei se outros manifestarem o seu interesse, mesmo correndo riscos de dizerem asneiras não faz mal... não é por isso que vão pagar mais impostos. Devemos não ter medo de expor pontos de vista. Isto é um fórum de discussão pedagógica e lúdica e deverá ser entendido como tal.

Corro talvez o risco de cair em polémicas e mal interpretações, mas um dos problemas culturais graves do nosso país é que as pessoas gostam de ter as coisas de bandeja. É mais fácil perguntar ao vizinho do que experimentar por ele mesmo... é que isso dá trabalho Twisted Evil . O mesmo se passa no mundo nos passarinhos.

Vamos aguardar por mais participações!
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Mensagem  eduardo_garcia Sex 25 maio 2012, 14:50

Boa tarde,
Gostaria de colocar aqui uma questão relacionada com Bengalins do Japão.
Tenho alguma experiência na criação de exóticos, pois apesar de ter iniciado agora a criação de Diamantes de Gould e Bengalins do Japão clássicos e mutações, à uns anos atrás (entre 2001 e 2005) também criei estas belas aves.
A minha questão é o seguinte, os bengalins têm a fama e é bem verdade que são aves de facil criação e criam também filhos de outras especies, só que tenho visto, não só em videos, mas também em exotis de colegas bengalins a criarem em ninhos de canários será o mais correcto?
É verdade que por vezes ando às voltas com os ninhos para as aves começarem a criar neles, pois estão sempre exitantes em entrar (com redeio), tenho outras que se adaptam facilmente à criação neste tipo de ninhos.
Também não sei que género de ninhos estas aves dispõem no seu habitat natural, se é um ninho tipo de pintassilgo, melro ou um ninho "todo fechado".
Eu utilizo caixas de madeira, pois no mercado não encontro ninhos adequados para os bengalins então mando fazer, pois acho que o ninho tem que ser mais de comprido do que de alto, pois se forem muitas crias e se este for um quadrado, como se vê em lojas asaves ficam muito apertadas, como tal mando fazer com as medidas que acho serem as ideais.

Cumprimentos

Eduardo Garcia
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Mensagem  Fernando Domingues Sex 25 maio 2012, 19:57

Olá Eduardo,

Uma vez que ainda ninguém respondeu à sua dúvida, vou tentar ajudá-lo até porque faço muitas experiências com os Bengalins do Japão.
A grande maioria das Lonchuras constrói ninhos fechados (autênticas bolas de palha). Não nos devemos esquecer que as aves que actualmente criamos estão um pouco longe dos seus parentes selvagens.

Amigo Eduardo, vamos colocar a questão de outra forma. Pelo que li, agora dedica-se apenas aos Diamantes de Gould e Bengalins do Japão. Então vamos inverter a coisa... os Goulds saiem do ninho muito cedo? As ninhadas são grandes? Têm um comportamento stressado quando estão para sair do ninho? Costumam aventurar-se fora do ninho antes dos 21 dias de vida? Como é que são as condições do seu exotil em termos de temperatura e humidade?

Se o espaço for um pouco frio, se nota que as crias de Gould são inquietas, se saltam do ninho cedo, se as ninhadas são grandes, sem dúvida que os ninhos de caixa são a melhor opção. Se são aves calmas e os Bengalins do Japão preferirem, os ninhos de canários não apresentam qualquer contra. Eu crio os Bengalins do Japão neste sistema. Só tento mudar os ninhos em função do comportamento das crias adoptivas. Conheço muita gente que tem os Goulds em ninhos de canários nos Bengalins e com sucesso. Outros criam em caixas e igualmente com sucesso. Depende da preferência que as próprias aves manifestam e do tipo de crias que quer criar.

Voltando apenas ao Bengalim do Japão. Qualquer sistema é viável e o que disse anteriormente em relação aos jovens Goulds, também se aplica aos Bengalins. No que diz respeito a ninhos estes devem ser (re)formulados sempre em função do comportamento das crias. Mas é apenas a minha maneira de ver as coisas.

Espero ter ajudado.



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Mensagem  eduardo_garcia Sex 25 maio 2012, 20:39

Boa noite,

Olá Fernando,quanto à quantidade nos bengalins e diamantes de gould entre 3/6 aves, quanto ao comportamento das mesmas, apesar de os bengalins serem um pouco stressados, os goulds são bem mais, mesmo quando atingem a maioridade são aves que se assustam facilmente, se tenho goulds que saem do ninho com 23/24 dias, já tive goulds a sairem com 18 dias..o espaço onde se encontram as aves é muito ameno, quando na rua estão graus negativos, onde eu os tenho não baixa dos 10 graus com humidade relativa a rondar os 65% de humidade (ontrolada por desumidificador, isto de Inverno, de Verão tenho temperaturas entre os 18/25 graus não mais com % de humidade muito baixa 40% +/-...

Cumprimentos

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Comportamento das especies Empty Re: Comportamento das especies

Mensagem  pedroribeiro-exoticos Sex 25 maio 2012, 21:17

Ola,

Eu tenho uma rotina diaria quando estou a criar, mal as aves saem do ninho(caixa ou aberto, crio nos dois),coloco 2 copos suspenços com sementes(meio copo) dentro da gaiola, ao lado de cada poleiro,todos os dias antes de ir trabalhar, de manha e ao fim da tarde, renovo as sementes, esse processo permite que as jovens aves visualizem os pais a comer e depressa os tendem a imitar,tendo sempre alimento a disposiçao de facil acesso,mas tambem permite as aves criarem uma rotina paralela comigo ganhando confiança com o passar do tempo, de modo que as vezes mal pouso o copito já lá estao lá a comer.
Quando passo os juvenis para as voadeiras(gaiolas de 1m para 8/10 goulds no maximo) repito o processo, e quando as aves terminam a muda a maioria está completamente a vontade com a nossa presença, sendo aves calmas e tolerantes para com o criador.
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Mensagem  AvilandiaPT Sáb 26 maio 2012, 07:47

Olá,

Bom tópico Pedro.
Tenho seguido há alguns dias mas só hoje consegui parar um bocadinho para participar.

Já tinha referido algumas vezes que estes aspectos de comportamento são muito importantes. O período que mais gostei de criar foi precisamente nos últimos anos antes de parar porque como já tinha pouco tempo levei a coisa num espírito muito tranquilo. Se criar criou, se não criar não criou!
Uma das coisas que fiz foi reduzir muito o uso de bengalins e centrar-me em algumas espécies que gostava.
Isso permitiu-me ter tempo para olhar para as aves como o Fernando dizia. Percebi que num certo momento passei a tratar das aves por rotina e tinha deixado de olhar para elas e aproveitar. Conclusão, aprendi imenso com essa observação, sobretudo como coisas que parecem "mínimas" podem fazer diferença.

O primeiro aspecto que também já referiram, é precisamente compreender as espécies e as suas diferenças. Seja a nível ambiental, nutricional, social, comportamento, etc...
Uma das coisas em que reparei é que, apesar de poderem mudar muito o seu comportamento do viveiro para a gaiola, para algumas espécies isso é um problema mas para outras não. Ou seja, algumas espécies podem ser "formatadas" vou chamar-lhe assim, para se adaptarem às condições. Mudam radicalmente o seu comportamento e criam em qualquer situação. Ocorrem-me por exemplo as freirinhas e fringilloides, cujo comportamento em gaiola (casal) e viveiro (casal em ambiente social) é completamente diferente. O mesmo com amarantes dos senegal (não são minimamente interessantes em gaiola, mas criam, são fantásticos em viveiro!).

Acho que estas pequenas experiências são importantes. Claro que valem o que valem já que para terem significado teriam que seguir outras metodologias, mas é um começo! É a partir daqui que se levantam as questões para depois estudar o resto. Eu e o Fernando temos umas ideias na gaveta...

li um artigo muito bom sobre as Emblema Picta e que falava no habitat natural delas

Exacto, ter uma noção do habitat natural pode fazer uma grande diferença. Há uns anos em conversa com um criador holandês ele disse-me precisamente isso, que gostava muito de algumas espécies mas não tinha condições para as criar devidamente... E estamos a falar de alguém que tinha espécies pouco comuns de australianos mas não se queria meter nos oceânicos tropicais e asiáticos porque criava numa cave, aquecida e relativamente seca.
Na mesma altura estivémos num amigo dele que tinha precisamente o oposto, só criava asiáticos (também numa cave) e até aspersores tinha para aumentar a humidade.

Quando tive Faces Carmesim reparei que eles quando viam algum insecto ou uma aranha, a andar pelo poleiro ou pelas grades, entravam num modo predatório de tal maneira que não descansavam até apanhar o bicho ou quando fugia e o perdiam de vista. A meu ver isso mostra o quão importante é o alimento vivo na dieta destas aves.

Eu fazia isso regularmente nos viveiros. Quando regava a relva em volta molhava a zona do muro em volta do viveiro onde termina a relva. Dai saiam sempre montes de aranhas e outros insectos que os guardas-marinhos, mosqueados, amarantes e caudas vinagre (sobretudo) tratavam de perseguir. Da mesma forma que as moscas da fruta estimulam muito esse comportamento, mesmo quando ao lado está um prato cheio de bufalo e tenebrio. Outro comportamento interessante, os pardais dourados e tecelões com as formigas de asa na altura em que aparecem. Ficam loucos e nas semanas seguintes começavam sempre a fazer ninhos "à maluca".

Eduardo,

os gould de cabeça vermelha eram mais dominantes, sendo que me parecia até que perante a minha pessoa,e sendo todos alvo dos mesmos cuidados e tratamentos, os cabeça preta tinham uma postura mais descontraida e ao contrario os CV eram mais activos e desconfiados.

Como sabes goulds não é a minha especialidade em termos de experiência, mas já tive oportunidade de trabalhar com eles em termos de estudo e concordo. Não sei se será "psicológico" (no criador) mas os cabeça preta parecem realmente ser mais calmos.
Existem vários estudos sobre a preferência na escolha de parceiros em relação à cor e esta ou aquela caracteristica. Um dos mais conhecidos, com mandarins, envolvia colocar um enfeite nos machos.
Em relação aos goulds parece existir diferença nessa escolha mas isso pode estar relacionado com a separação das populações naturais.

Fernando,

No que diz respeito à apetência pelo alimento vivo, nem todas as aves são iguais. Uma coisa é certo, o alimento vivo é muito importante e se as nossas aves teimam em fugir dele, devemos introduzir outras espécies ou aves mais experientes que lhes ensinem

Na minha opinião o alimento vivo é cada vez menos importante do ponto de vista nutricional em si, mas muito importante do ponto de vista comportamental. Temos dezenas de soluções nutricionais que podemos usar para compensar e complementar a dieta, mas não o comportamento.
Agora este comentário leva-me a outro assunto, que já referi no início. Algumas espécies podem ser mudadas com facilidade, enquanto outras são muito resistentes a mudar comportamentos. Isso também faz parte do processo de domesticação.
O mesmo se coloca em relação à actividade colonial. Apesar de serem coloniais consegues meter bicos de lacre a criar sozinhos, já com tecelões (por exemplo) será muito mais complicado.

Guarda Marinhos. Estes últimos são aves mais tranquilas

Só um comentário pessoal. Para mim um viveiro sem guardas-marinhos e amarantes não faz sentido. São aves absolutamente fantásticas e sem dúvida alguma do melhor para quem quer começar nos "pequenos".

O "chão" é extremamente importante para a maioria dos estrilas. Mas eu diria mais, a possibilidade de escolher entre chão e altura. Notei uma diferença muito grande em algumas espécies no tempo que passam em cada estrato de altura. Basta repararem no seguinte: há aves que se encostam num canto quando assustadas, enquanto outras voam o mais que podem na gaiola.
Um das coisas que mudaria era criar em gaiolas mais altas para algumas espécies. Também a posição/altura da gaiola faz diferença. Meter granatinas em gaiolas a 50cm do chão não funciona bem, mas amarantes por exemplo não se importam nada com isso.

Eu neste momento estou a estudar o impacto da introdução destas (e outras) sementes e a relação directa sobre a duração do periodo de muda.

Temos que reunir uns dados desses Smile

ela vai tentar dar umas escapadinhas e acasalar com o máximo de machos que poder.

Ora nem mais. Uma das vantagens dos sistemas coloniais é a variabiliadde genética acrescida. Não considero que isso seja muito relevante em termos de sucesso de criação nas espécies que trabalhamos quando stão em colónia (a selecção é secundária), mas é um facto.

Penso que o que o Jorge estava a dizer sobre poligamia é no sentido de, mesmo havendo casais estáveis, existir possibilidade de a fêmea ser fecundada por um outro macho ou por vários, que não o seu parceiro.

Guarda Marinhos não tenho dados nem experiência suficiente para poder dizer algo.


Pela minha experiência mantém casais bastante estáveis.

Tenho alguns e até surpreendentes mas partem apenas de uma análise empírica.

Todos estes processos partem de avaliação empírica. O que depois pode ser feito é validação/significância dessa observação.
Perceber de que forma e porquê as sementes imaturas favorecem a saúde e muda é simples. Tem uma forte base nutricional/hormonal em diversos nutrientes (minerais quelados, digestibilidade, fito-hormonas, etc...) Quantificar isso não é difícil. Facilmente conseguimos reunir dados de n criador, o problema é garantir as condições para o poder comparar. Como dizes, não faz sentido comparar aves em realidades diferentes, de origens diferentes. Essas variações não permitiriam tirar conclusões.
Mas como temos falado, é precisamente nisso que temos de começar a acertar ideias e lançar alguns projectos. Mesmo que a validação seja, de início, difícil e questionável, é um ponto de partida.

as presas a audição é o sentido mais apurado; já nos predadores, regra geral, é a visão, embora em muitos casos seja o olfacto (estou a falar do reino animal em geral).

Nem mais! E uma coisa é ler sobre estas regras, outra é observar "ao vivo" as modificações que isso originou a nível do desenvolvimento anatómico nas várias espécies a nível muscular, por exemplo.

mas também em exotis de colegas bengalins a criarem em ninhos de canários será o mais correcto?

Eduardo, essa é uma boa questão e uma daquelas em que admito, apesar de o ninho ser algo muito importante, sempre me deixei levar mais pela facilidade para mim enquanto criador do que as necessidades das aves em si. Claro que na minha opinião, bengalins e mandarins não é muito relevante o tipo de ninho... Agora, para algumas espécies, até podem aceitar as caixas normais, mas aquilo não é bem assim.
Se será correcto? Acho que a resposta será "depende". É um bocado aquela ideia do "se funciona?"
O facto é que muitas das espécies que criamos em "ninho-caixa" não são na verdade nidificadores em cavidades. Vê o exemplo de muitos dos africanos. Usam as caixas como suporte mais que outra coisa.
Vi uma vez um criador que usava para africanos uma caixa/bola de rede rodeada com plantas e a grande maioria dos casais usava isso como suporte.

Eu tenho uma rotina diaria

Criar rotinas é importante. Para nós porque nos facilita o trabalho, poque permite identificar problemas, porque faclilita a gestão. Para as aves porque se adaptam melhor, porque estabilizam... Como já várias vezes disse, até o factor de termos gaiolas, bebedouros, comedouros o mais uniforme possível, nas mesmas posições (atentendo às espécies...) pode fazer uma grande diferença.
Mas também já me ocorreu se isso não cria problemas comportamentais de "tédio" nas aves.
A colocação da comida para as crias (e adultos) é importante. A facilidade com que os adultos acedem à água e comida não é a mesma das crias. Eu também me habituei a colocar comida no chão quando as crias saltam do ninho e um bebedouro mais acessivel. Também a posição dos comedouros (sobretudo da papa) em relação aos poleiros e água é importante.

Cumps.
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Mensagem  Fernando Domingues Sáb 26 maio 2012, 16:43

Olá pessoal,


No que diz respeito à apetência pelo alimento vivo, nem todas as aves são iguais. Uma coisa é certo, o alimento vivo é muito importante e se as nossas aves teimam em fugir dele, devemos introduzir outras espécies ou aves mais experientes que lhes ensinem


Na minha opinião o alimento vivo é cada vez menos importante do ponto de vista nutricional em si, mas muito importante do ponto de vista comportamental. Temos dezenas de soluções nutricionais que podemos usar para compensar e complementar a dieta, mas não o comportamento.
Agora este comentário leva-me a outro assunto, que já referi no início. Algumas espécies podem ser mudadas com facilidade, enquanto outras são muito resistentes a mudar comportamentos. Isso também faz parte do processo de domesticação.
O mesmo se coloca em relação à actividade colonial. Apesar de serem coloniais consegues meter bicos de lacre a criar sozinhos, já com tecelões (por exemplo) será muito mais complicado.


Concordo. O comportamento das aves, no que diz respeito ao alimento vivo pode ser influenciado de acordo a dosagem. Se o criador estiver atento às temperatura e aumentar a dose de alimento vivo, as aves responderão com ninhos e crias. A variedade de alimento vivo que apresentamos também influencia o comportamento e a forma como os progenitores alimentam as crias. Quando existem crias e ao colocar alimento vivo, os pais atacam imediatamente e depois de devorarem as larvas, existe normalmente ali um periodo anómalo na alimentação das crias, ou seja, os pais alimentam mais que o normal o que é super positivo.
Outra coisa importante já que falo em crias e alimentação. Não tenho um comedouro cheio nesse periodo que poderia dar para uma semana. Dou várias vezes ao dia sementes, germinados, etc numa quantidade reduzida mas amiúde. Qual a alteração? As aves estão constantemente a abastecer-se e consequentemente temos sempre crias super bem alimentadas e nutridas... mesmo nas aves que são mais esquisitas e teoricamente maus pais. A refeição mais importante quando temos crias é a última do dia, como o Ricardo também já referiu num tópico anterior. As crias devem estar bem alimentadas para suportarem a noite e o longo periodo sem alimento.


O "chão" é extremamente importante para a maioria dos estrilas. Mas eu diria mais, a possibilidade de escolher entre chão e altura. Notei uma diferença muito grande em algumas espécies no tempo que passam em cada estrato de altura. Basta repararem no seguinte: há aves que se encostam num canto quando assustadas, enquanto outras voam o mais que podem na gaiola.
Um das coisas que mudaria era criar em gaiolas mais altas para algumas espécies. Também a posição/altura da gaiola faz diferença. Meter granatinas em gaiolas a 50cm do chão não funciona bem, mas amarantes por exemplo não se importam nada com isso.

Este é o método que estou a usar e com base +/- no modelo de Paul de Nil. Já no ano passado comecei, mas não tinha espécies com diferenças muito grandes de comportamento, ou melhor, territórios de nidificação. Num viveiro velhinho de 2m2 tenho 5 Rhodopygas, 5 Guarda Marinhos e 2 Bengalins da Índia. O espaço até não é muito grande para a quantidade de aves. Este viveiro tem vários tipos de vegetação: junto ao chão, arbustos de 1mt, mt e pouco e canas com 2mts.
Os Rhodopygas apesar do comportamento de "copa" das canas nidificam junto ao chão. Os Guarda Marinhos variam entre estrato médio ao alto. Os Bengalins da Índia, na grande maioria das vezes preferem as "copas". Neste sistema e independentemente do espaço, é possível ter várias espécies cujos comportamentos até se "tocam", mas que diferem em termos de territórios para nidificarem. Assim é possível termos vários tipos de aves sem correr o risco de rixas entre elas.

Já que falo também em crias, um dos comportamentos chave também para o sucesso, é o comportamento das aves durante o periodo de incubação (e observação deste) e primeiros cinco dias de vida das crias (e respectiva observação comportamental dos seus progenitores).


O facto é que muitas das espécies que criamos em "ninho-caixa" não são na verdade nidificadores em cavidades. Vê o exemplo de muitos dos africanos. Usam as caixas como suporte mais que outra coisa.
Vi uma vez um criador que usava para africanos uma caixa/bola de rede rodeada com plantas e a grande maioria dos casais usava isso como suporte.

Correctíssimo. Um bom sistema é um tubo de rede com buracos de 25mm x 25mm fechados no extremo. Dentro coloca-se fenos, ervas, fibras de coco (tudo bem apertado) e as aves apenas fazem apenas pequenos orifícios e revestem-no posteriormente. São os chamados ninhos pré-fabricados Cool
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Mensagem  AvilandiaPT Sáb 26 maio 2012, 19:03

Olá,

Este é o método que estou a usar e com base +/- no modelo de Paul de Nil. Já no ano passado comecei, mas não tinha espécies com diferenças muito grandes de comportamento, ou melhor, territórios de nidificação. Num viveiro velhinho de 2m2 tenho 5 Rhodopygas, 5 Guarda Marinhos e 2 Bengalins da Índia. O espaço até não é muito grande para a quantidade de aves. Este viveiro tem vários tipos de vegetação: junto ao chão, arbustos de 1mt, mt e pouco e canas com 2mts.

Penso que cada vez mais esse será o modelo adoptado por quem quer criar africanos a sério de forma directa. O método viveiro compartimentalizado é sem dúvida o melhor, pois permite aproveitar muito bem o espaço com espécies em diferentes níveis. Num viveiro 1x2x2 (lxcla) é perfeitamente viável ter 3-5 casais a criar sem problemas o que, para africanos, é mais rentável em termos de espaço do que gaiolas. Repara que apesar disso tenho o De Nil tem vários viveiros mono-específicos (estou a pensar nas mutações de face-carmesim por exemplo, se não me engano).
Se pensarmos em gaiolas de 90cm-1m com 50cm de altura total (útil + rolo, tabuleiro...), onde se perde espaço ao optar por viveiros é sobretudo na profundidade. No espaço onde se poderia ter 3 fiadas de 3 gaiolas em altura (costas com costas e sistema rolo) fica um destes viveirso. Obviamente isso depende das espécies que se quer criar, condições, espaço etc... mas quanto a mim é o melhor método para este tipo de aves. Ainda por cima com acesso ao chão e MUITO menos trabalho de manutenção!
Talvez já não seja tão eficaz para Lonchuras e oceânicos/australianos.

Dou várias vezes ao dia sementes, germinados, etc numa quantidade reduzida mas amiúde.

De acordo, isto permite não só aproveitar melhor o alimento como variar a dieta ao longo do dia e isso faz muito diferença! Pela minha experiência, germinados e papas de manhã (com algum alimento vivo), alimento vivo durante o dia e sementes frescas/espiga à tarde.
No periodo da noite e muito importante que as aves estejam bem alimentadas, especialmente se não se usar iluminação adicional e se criar no inverno. As espécies de africanos para mim, criam melhor com perto de 16h de luz (sei que há quem considere exagero mas reduz bastante a mortalidade em criação directa!)
Isso também se controla habituando as aves a receber um alimento que aceitem facilmente mais ao final do dia já que vão "esperar" por esse alimento para alimentar as crias. Problema tipico dos bengalins, quando decidem ir "dormir" alimentam às 6 da tarde e pronto, 12h entre a alimentação das crias.

Outra coisa como já falámos é que em alguns casos mesmo na parte de sementes secas da dieta (que para algumas espécies deve ser um recurso e não a dieta principal em reprodução), podem existir vantagens em fazer algumas modificações nesta fase, seja alterando a mistura, seja acrescentando outro tipo de sementes.

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Mensagem  pedroribeiro-exoticos Sáb 26 maio 2012, 19:55

Ola,

"Já tinha referido algumas vezes que estes aspectos de comportamento são muito importantes. O período que mais gostei de criar foi precisamente nos últimos anos antes de parar porque como já tinha pouco tempo levei a coisa num espírito muito tranquilo. Se criar criou, se não criar não criou!
Uma das coisas que fiz foi reduzir muito o uso de bengalins e centrar-me em algumas espécies que gostava.
Isso permitiu-me ter tempo para olhar para as aves como o Fernando dizia. Percebi que num certo momento passei a tratar das aves por rotina e tinha deixado de olhar para elas e aproveitar. Conclusão, aprendi imenso com essa observação, sobretudo como coisas que parecem "mínimas" podem fazer diferença."


Passou-se o mesmo comigo, chegou a um ponto que mantinha a meu cargo tantas aves e tantas especies que dei comigo a pensar "eu já nem olho para as aves".

Outro factor foi o facto de manter especies com diferentes habitos alimentares/habitat/ciclos reprodutivos tornando-se quase impossivel gerir e sobretudo aprender com as aves.
Quanto as especies que mantenho sao as que me permitem, com o tempo que disponho e as instalaçoes que possuo de momento, manter.

Embora de momento, e aos poucos, estou a construir uns viveiros exteriores abrigados do tempo com vegetaçao natural, uma coisa que já tinha em mente há muito tempo, que no fundo será muito prática (penso eu)e vai permitir que possa observar melhor todos os comportamentos nidificaçao/criaçao/alimentaçao...das aves, e "criar" algumas especies africanas de modo natural.
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Mensagem  Fernando Domingues Sáb 26 maio 2012, 21:35

Boa noite Pedro,


Embora de momento, e aos poucos, estou a construir uns viveiros exteriores abrigados do tempo com vegetaçao natural, uma coisa que já tinha em mente há muito tempo, que no fundo será muito prática (penso eu)e vai permitir que possa observar melhor todos os comportamentos nidificaçao/criaçao/alimentaçao...das aves, e "criar" algumas especies africanas de modo natural.

Sem dúvida que as aves agradecem e para além disso permite-te ter resultados mais rapidamente. Um aparte, neste momento crias africanos? Ou estás a preparar-te para ter "alguma" coisa?
Sem dúvida que o interesse por estas aves está a aumentar... e muito!
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Mensagem  cristiano Dom 27 maio 2012, 01:38

Boas Forumeiros

Não posso deixar de aqui intervir com minhas observações.
Ao longo da tentativa de criação direta de alguns exóticos,ex: diamante gold, Sparrows, etc... pude observar que nas primeiras posturas os ovos que possivelmente não foram galados pelo macho, estes não tendem o instinto ao choco, ou seja náo há interesse por parte dos progenitores.
Mas uma vez que fazem a postura por completo,(digo isso com os ovos galados pelo macho), ambas as espécies começam um instinto agressivo por defesa do território e ninho, então é nesta altura que pude observar que os ovos estão galados, (em particular nunca vi um gould ficar tão agressivo assim.)
Resumindo, acredito que em parte a criação direta pode-se dar inicio a estas observações.
Que por vezes nem reparamos, e logo retiramos os ovos colocando aos bengalins, sem dar chance a tentativa da criação direta.
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Mensagem  pedroribeiro-exoticos Dom 27 maio 2012, 18:37

Ola,

Fernando eu já criei varios africanos e outros ficaram pela tentativa.... mas o meu pai ainda mantem alguns, eu é que de momento nao tenho, mas conto retomar a algumas especies quando tiver terminado este projeto que idealizei e estou aos poucos a construir.

Voltando ao comportamento das aves, outro facto que acho interessante do comportamento destas, é que todas as semanas quando ponho á sua disposiçao grit e turfa/terra (terramix) os passarinhos depois de ingerirem grande parte destas imediatamente depois se dirigem aos comedouros e se alimentam de sementes.
Penso que a terra/grit tem um papel muito importante no sistema digestivo das aves sendo benefico ,alem disso é sempre grande festa nas voadeiras sempre que forneço estes suplementos as aves Very Happy .
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