Prevenção de salmonelas e outras

Boas
Como alguns sabem sou novato nisto, comecei em Setembro passado, já me nasceram alguns passaritos, porém tenho andado preocupado, pois ultimamente os ovos ou estão vazios ou então o embrião não se desenvolve, suspeito de Salmonelas, mas não sei...
Como tal vinha pedir ajuda pois tenciono fazer então um tratamento preventivo.
Que recomendam que faça?

Boas, eu também sou novato nisto como tu começamos mais ou menos na mesma altura, mas tenho ouvido falar em fp 20/20.

Pois, até ai eu já tinha conseguido ir, só que depois acho eu que se tem de dar umas vitaminas. E como faço em realação ás crias? Noutro forum vi que recomendaram o salmocoli da Zooplan, mas era para pássaros de bico curvo.

DEpois para aliviar a flora intestinal dá complexo B. E tem de repetir o tratamento de fp 20/20 passado 21 dias.

Amigos eu uso o FP 20/20 durante tres dias e mais dois dias o FP 20/20 + complexo B
Isto aprendi com um grande senhor de exoticos, pois tal como voces a minha experiencia nos exoticos começou no ano passado.

Obrigado
Se comprendi bem usa-se 5 dias seguidos o fp20/20 e nos dois ultimos dias adiciona-se o complexo B. Certo?
Isto até pode não ser nada, mas convém mesmo começar a prevenir. Este tratamento deve ser feito de 6 em 6 meses?

Na embalagem deve indicar a dosagem e o modo de administração

Pedro,

A nivel de medicamentos não há produtos para bicos curvos e bicos direitos (ou há muito poucos). O que pode variar são as dosagens.
Se as aves têm algum problema ou houve alguma situação que justifique desconfiar de problemas bacterianos faz sentido um tratamento. Os antibióticos não são preventivos e têm muito pouco efeito (se algum) quando usados de forma preventiva da maneira que os criadores o fazem.
Ninguém toma antibiótico para não ficar doente, só os toma quando está doente OU caso exista um surto que se suspeite possa causar infecçao (pensem nos casos de meningite, por exemplo em que se trata toda a gente que estive em contacto).
As salmonelas são menos comuns do que se fala apesar de aparecerem sempre no topo da lista.
2 ou 3 dias de antibiótico (com estes principios activos de curta vida) não faz grande sentido, muito menos para salmonela.

Na minha opinião só se usam tratamentos "preventivos" (entenda-se profiláticos) na inserção de novas aves no plantel. Aos reprodutores, sem motivo para desconfiar de problemas OU com patologias confirmadas e sem haver problemas não faz sentido. Muito menos usar tratamentos da "moda".

O que acontece na maioria dos casos é que dá-se um tratamento qualquer, não havia problema algum, continua sem haver e como corre tudo dentro do normal o tratamento "funcionou". Quando há um problema, o principio activo que sempre se usou está "gasto" não serve para nada e a culpa é de outra coisa qualquer porque se fez "desparasitação".

4 niveis de tratamentos:

1) parasitas - faz-se regularmente sem problemas 2-3 vezes ao ano se quiserem. O risco de resistência existe mas é baixo. São tratamentos simples. Normalmente os problemas que estes agentes causam também não são graves.
2) protozoários - muito comuns, muitas vezes mal identificados e quase sempre difíceis de tratar. Estão muito relacionados com interacção ambiental e condições de manuseamento, alojamento e qualidade da água (tricomonas, coccidiose, histomonas, etc...)
3) bactérias - podem criar problemas muito sérios e verdadeiros surtos. Existem tantos tipos que é complicado falar de tratamentos sem pistas muito fortes sobre a causa. Normalmente a maioria dos principios activos que usamos têm um espectro relativamente largo por isso mesmo.
4) fungos - alguns são muito dificeis de tratar e pioram consideravalmente com o uso de antibióticos.

De qualquer forma os tratamentos preventivos podem ser usados e podem fazer sentido para estabilizar plantéis temos é que ter cuidado na forma como o fazemos. Usar anos após ano o mesmo principio activo é uma daquelas coisas que nunca se deve fazer.
Outra questão importante é que SEMPRE que se faz um tratamento destes é preciso dar muito atenção à dosagem recomendada e à dosagem realmente usada. Meter 5gr/lt não diz nada se a ave beber 5ml ou 10ml ou 1ml. Não custa nada pesquisar o principio activo, a dosagem terapêutca e fazer umas contas para perceber se a dosagem está adequada às condições de consumo de água e alimento naquela altura.
Boas condições e maneio correctos, alimentação cuidada e de qualidade são essenciais e reduzem muito a necessidade de qualquer medicação.
Hoje em dia, depois das alterações na legislação e no registo dos PUV, existem no mercado vários produtos credíveis a nivel de medicação para aves.
É apenas a minha opinião.

Cumprimentos,