TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
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Tiago André
Ricardo Garção
Antonio Pereira
Jorge Pinto
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TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
TIPOS DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Começo por dizer que apesar de este artigo ser dirigido aos criadores de mandarins, os conceitos aqui tratados são válidos para muitas raças e não só para o mandarim.
Por exemplo, os criadores de canários e os criadores de periquitos standard inglês já estão alertados para esta situação à algumas dezenas de anos, no entanto noto que a grande maioria dos criadores de mandarins nem sequer sabem distinguir um pássaro nevado de um pássaro intenso. Basicamente existem dois tipos de plumagem:
-INTENSIVA
-NEVADA
A plumagem intensiva é composta por penas que são curtas e estreitas, é na plumagem intensiva que temos mais intensidade de côr, como o nome indica.
A plumagem nevada é composta por penas compridas e largas, e neste tipo de plumagem temos muito menos intensidade de côr, sendo a plumagem menos brilhante.
Existem depois as formas intermédias, porque o tipo de plumagem não é matemático como a genética das cores por exemplo, existem muitas variações, podemos obter pássaros com penas curtas e largas, e outros com penas compridas e estreitas.
Nem sempre é fácil identificar o tipo de plumagem de cada mandarim, aliás, para os menos experientes até se pode tornar confuso, pelo menos ao principio, porque a ideia que temos é que parecem todos iguais, mas com uma observação mais cuidadosa surgem as diferenças.
É relativamente fácil identificar um nevado e um intensivo, o problema são mesmo as formas intermédias. Uma maneira de identificar os diferentes tipos de plumagem dos nossos mandarins, é pegar em vários pássaros, arrancar a cada um uma pena por exemplo do peito, mais ou menos da mesma zona em todos eles, e estabelecer depois a comparação, por vezes as diferenças são enormes de uns para os outros.
Um dos cruzamentos mais aconselhados será entre um nevado e um intensivo, de forma a obtermos alguns filhotes de plumagem intermédia, que são os melhores para exposição. Se cruzarmos nevado com nevado vamos obter pássaros com plumagem em excesso, e se cruzarmos intensivo com intensivo vamos obter pássaros que parecerão muito magros, apesar de não o serem, porque a plumagem vai ser demasiado fina e “colada” ao corpo. Outro cruzamento que podemos fazer é entre formas intermédias, neste caso podemos obter pássaros intensivos, nevados e intermédios. Na minha opinião é tolerado também o cruzamento de um pássaro nevado com um de plumagem intermédia, principalmente os intermédios de plumagem comprida e estreita.
A plumagem é muito importante quando se trata de criar mandarins de exposição, porque é a plumagem que define a forma geral da ave. Para o mandarim ser redondo como exige o standard precisa de uma plumagem que lhe confira volume, no entanto este volume tem de ser transmitido de forma harmoniosa, se o pássaro for nevado vai ter volume mas de uma forma menos harmoniosa, daí a importância da plumagem intermédia, na minha opinião pessoal o melhor tipo de pena é a comprida e estreita, ao ser comprida transmite bem a ideia de volume, e ao ser estreita faz com que a plumagem assente bem, não ficando a ave com aspecto de penas em excesso. Normalmente as zonas mais críticas são as laterais, porque as penas levantam por baixo da asa, e ao fundo por baixo da cauda.
Por aquilo que me apercebo, os mandarins nevados em Portugal não abundam, uma vez que são os que aparentam ser maiores, e por esse motivo os criadores costumam guardá-los e muito bem, porque quem não tiver este tipo de pássaros no seu plantel não consegue obter exemplares de exposição com qualidade a nível mundial.
Por vezes também acontece que os criadores com a ambição de obterem pássaros cada vez maiores e mais redondos cruzam nevados com nevados durante gerações seguidas. Os criadores de canários e mais tarde os criadores de periquitos standard inglês chegaram à conclusão que esta é uma política a evitar, uma vez que a tendência é no futuro surgirem quistos e mais quistos, a plumagem cada vez fica com menos brilho, cada vez mais áspera chegando a um ponto em que começamos a tirar aves que mais parecem espanadores, porque as penas ficam todas tortas e levantadas.
Em jeito de resumo, digo que para tudo se quer equilibrio, neste caso específico temos que procurar sempre fazer os cruzamentos de forma a obter pássaros equilibrados de uma forma geral, e a plumagem não pode nem deve ser excepção, isto claro, se quisermos tirar pássaros campeões, mas quem não quer?
Aproveito para dizer que este artigo é 100% de minha autoria e baseado na minha experiência pessoal, tanto como criador de mandarins como de periquitos de standard inglês. Espero que sirva para ajudar e alertar os criadores para um pormenor que apesar de importantíssimo, é muitas vezes desvalorizado.
JORGE PINTO
Começo por dizer que apesar de este artigo ser dirigido aos criadores de mandarins, os conceitos aqui tratados são válidos para muitas raças e não só para o mandarim.
Por exemplo, os criadores de canários e os criadores de periquitos standard inglês já estão alertados para esta situação à algumas dezenas de anos, no entanto noto que a grande maioria dos criadores de mandarins nem sequer sabem distinguir um pássaro nevado de um pássaro intenso. Basicamente existem dois tipos de plumagem:
-INTENSIVA
-NEVADA
A plumagem intensiva é composta por penas que são curtas e estreitas, é na plumagem intensiva que temos mais intensidade de côr, como o nome indica.
A plumagem nevada é composta por penas compridas e largas, e neste tipo de plumagem temos muito menos intensidade de côr, sendo a plumagem menos brilhante.
Existem depois as formas intermédias, porque o tipo de plumagem não é matemático como a genética das cores por exemplo, existem muitas variações, podemos obter pássaros com penas curtas e largas, e outros com penas compridas e estreitas.
Nem sempre é fácil identificar o tipo de plumagem de cada mandarim, aliás, para os menos experientes até se pode tornar confuso, pelo menos ao principio, porque a ideia que temos é que parecem todos iguais, mas com uma observação mais cuidadosa surgem as diferenças.
É relativamente fácil identificar um nevado e um intensivo, o problema são mesmo as formas intermédias. Uma maneira de identificar os diferentes tipos de plumagem dos nossos mandarins, é pegar em vários pássaros, arrancar a cada um uma pena por exemplo do peito, mais ou menos da mesma zona em todos eles, e estabelecer depois a comparação, por vezes as diferenças são enormes de uns para os outros.
Um dos cruzamentos mais aconselhados será entre um nevado e um intensivo, de forma a obtermos alguns filhotes de plumagem intermédia, que são os melhores para exposição. Se cruzarmos nevado com nevado vamos obter pássaros com plumagem em excesso, e se cruzarmos intensivo com intensivo vamos obter pássaros que parecerão muito magros, apesar de não o serem, porque a plumagem vai ser demasiado fina e “colada” ao corpo. Outro cruzamento que podemos fazer é entre formas intermédias, neste caso podemos obter pássaros intensivos, nevados e intermédios. Na minha opinião é tolerado também o cruzamento de um pássaro nevado com um de plumagem intermédia, principalmente os intermédios de plumagem comprida e estreita.
A plumagem é muito importante quando se trata de criar mandarins de exposição, porque é a plumagem que define a forma geral da ave. Para o mandarim ser redondo como exige o standard precisa de uma plumagem que lhe confira volume, no entanto este volume tem de ser transmitido de forma harmoniosa, se o pássaro for nevado vai ter volume mas de uma forma menos harmoniosa, daí a importância da plumagem intermédia, na minha opinião pessoal o melhor tipo de pena é a comprida e estreita, ao ser comprida transmite bem a ideia de volume, e ao ser estreita faz com que a plumagem assente bem, não ficando a ave com aspecto de penas em excesso. Normalmente as zonas mais críticas são as laterais, porque as penas levantam por baixo da asa, e ao fundo por baixo da cauda.
Por aquilo que me apercebo, os mandarins nevados em Portugal não abundam, uma vez que são os que aparentam ser maiores, e por esse motivo os criadores costumam guardá-los e muito bem, porque quem não tiver este tipo de pássaros no seu plantel não consegue obter exemplares de exposição com qualidade a nível mundial.
Por vezes também acontece que os criadores com a ambição de obterem pássaros cada vez maiores e mais redondos cruzam nevados com nevados durante gerações seguidas. Os criadores de canários e mais tarde os criadores de periquitos standard inglês chegaram à conclusão que esta é uma política a evitar, uma vez que a tendência é no futuro surgirem quistos e mais quistos, a plumagem cada vez fica com menos brilho, cada vez mais áspera chegando a um ponto em que começamos a tirar aves que mais parecem espanadores, porque as penas ficam todas tortas e levantadas.
Em jeito de resumo, digo que para tudo se quer equilibrio, neste caso específico temos que procurar sempre fazer os cruzamentos de forma a obter pássaros equilibrados de uma forma geral, e a plumagem não pode nem deve ser excepção, isto claro, se quisermos tirar pássaros campeões, mas quem não quer?
Aproveito para dizer que este artigo é 100% de minha autoria e baseado na minha experiência pessoal, tanto como criador de mandarins como de periquitos de standard inglês. Espero que sirva para ajudar e alertar os criadores para um pormenor que apesar de importantíssimo, é muitas vezes desvalorizado.
JORGE PINTO
Jorge Pinto- Moderador
- Mensagens : 838
Data de inscrição : 17/06/2009
Localização : V.N.Gaia
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boas, como ainda ninguém tinha abordado este assunto no fórum decidi tomar a iniciativa, fico á espera de comentários.
Jorge Pinto- Moderador
- Mensagens : 838
Data de inscrição : 17/06/2009
Localização : V.N.Gaia
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boas Noites
Amigo Jorge
Muitos parabéns pelo artigo que escreveu está muito bem conseguido, realmente os nevados são pouco frequentes em Portugal e as melhores aves de exposição são as intermédias concordo inteiramente....., mas já pensas-te que o clima também pode ter algum efeito na plumagem das nossas aves, com mais calor as aves tendem a ter menos plumagem geração após geração tendem a tornar-se mais com plumagem tipo intensivos o que achas desta minha opinião?
Um abraço
António Pereira
Amigo Jorge
Muitos parabéns pelo artigo que escreveu está muito bem conseguido, realmente os nevados são pouco frequentes em Portugal e as melhores aves de exposição são as intermédias concordo inteiramente....., mas já pensas-te que o clima também pode ter algum efeito na plumagem das nossas aves, com mais calor as aves tendem a ter menos plumagem geração após geração tendem a tornar-se mais com plumagem tipo intensivos o que achas desta minha opinião?
Um abraço
António Pereira
Antonio Pereira- Mensagens : 298
Data de inscrição : 22/11/2008
Localização : Beja
PAÍS : Portugal
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boa Noite Jorge,
Dou-te os parabéns pelos artigos que tens elaborado por ti mesmo, com o que vais observando no teu dia a dia como criador de Mandarins de Exposição, e pela tua paciência em redigir tudo e colocares online.
Só é pena não haver mais pessoas com as tuas intenções, ou seja, dá trabalho e tal......e não só!!
Mais uma vez Parabéns
Dou-te os parabéns pelos artigos que tens elaborado por ti mesmo, com o que vais observando no teu dia a dia como criador de Mandarins de Exposição, e pela tua paciência em redigir tudo e colocares online.
Só é pena não haver mais pessoas com as tuas intenções, ou seja, dá trabalho e tal......e não só!!
Mais uma vez Parabéns
Ricardo Garção- Administrador
- Mensagens : 799
Data de inscrição : 23/11/2008
Localização : Portalegre
PAÍS : PORTUGAL
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boas, obrigado aos que comentaram, e espero que haja mais pessoas a comentar e dar as suas opiniões, tal como fez o sr Pereira e muito bem.
Respondendo então ao sr Pereira, é uma dúvida muito interessante, nunca tinha pensado nisso, mas é bem possível que tenha influência, é uma situação para analisar ao longo do tempo.
Mas uma das coisas que se nota é que quando se mandam vir pássaros de fora os nevados nunca aparecem, são coisas que acontecem , acidentalmente esses pássaros acabam por ficar sempre em casa dos criadores . podiam ao menos mandar alguns de vez em quando aqui pra malta, mas tudo bem , cá nos desenrascamos.
Respondendo então ao sr Pereira, é uma dúvida muito interessante, nunca tinha pensado nisso, mas é bem possível que tenha influência, é uma situação para analisar ao longo do tempo.
Mas uma das coisas que se nota é que quando se mandam vir pássaros de fora os nevados nunca aparecem, são coisas que acontecem , acidentalmente esses pássaros acabam por ficar sempre em casa dos criadores . podiam ao menos mandar alguns de vez em quando aqui pra malta, mas tudo bem , cá nos desenrascamos.
Jorge Pinto- Moderador
- Mensagens : 838
Data de inscrição : 17/06/2009
Localização : V.N.Gaia
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boa noite.
Bem já algum tempo que ando para comentar este artigo, mas pronto, bem quero dar-te os parabéns por teres escrito um grande artigo (qualidade e quantidade ) e por partilhares o artigo connosco, não são todos assim. Quanto ao que o Sr. Pereira disse, realmente é muito bem pensado e de facto pode ter razão.
Sei que não desenvolvi nada a cerca do teu artigo, mas como sabes a minha experiência ainda é nula :S.
Bem já algum tempo que ando para comentar este artigo, mas pronto, bem quero dar-te os parabéns por teres escrito um grande artigo (qualidade e quantidade ) e por partilhares o artigo connosco, não são todos assim. Quanto ao que o Sr. Pereira disse, realmente é muito bem pensado e de facto pode ter razão.
Sei que não desenvolvi nada a cerca do teu artigo, mas como sabes a minha experiência ainda é nula :S.
Tiago André- Mensagens : 252
Data de inscrição : 30/07/2009
Localização : Vila Nova de Famalicão
PAÍS : Portugal
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boas Tiago, só o facto de comentares já é positivo, muito obrigado por isso, pelo menos assim sei que há quem aproveite alguma coisa do que eu escrevo, fico satisfeito por isso .
Jorge Pinto- Moderador
- Mensagens : 838
Data de inscrição : 17/06/2009
Localização : V.N.Gaia
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Olá Jorge,
Apesar de não ser criador de mandarins quero-te dar os parabéns... és talvez o único criador que eu conheço de mandarins (não obstante os outros) que partilha informação vital. Tenho a certeza que todo este trabalho, esforço e paixão que tens pelos mandarins vai ser recompensado, sinceramente não vejo isto de outra forma e nada acontece por acaso.
Tenho a certeza que te espera um futuro promissor.
Concordo com o Sr Pereira na questão que levantou embora não possa afirmar nada de concreto em relação aos mandarins. Já no meu caso, existem diferenças bem evidentes de aves nevadas e intensas e mais uma vez não são nada fáceis de distinguir, mesmo pelas penas. Nos bicos de lacre, as aves introduzidas no Brasil apresentam maioritariamente características de intensos (e no entanto, tais como os "nossos", são oriundos de África), as cores são muito mais vivas. Não terá só a ver com o clima (mas também), a alimentação está a dar um "empurrão".
Neste momento como estão disseminados em alguns continentes, estão a surgir novas subespécies do bico de lacre comum, em que o clima e a alimentação é preponderante para a evolução dos mesmos. Nada de estudos 100% eficazes, mas noto algumas diferenças evidentes em fotos das aves de continentes diferentes.
Continua com o bom trabalho Jorge, como te disse, os resultados aparecerão.
Votos de boas criações a todos.
Abraço
Fernando Domingues
Apesar de não ser criador de mandarins quero-te dar os parabéns... és talvez o único criador que eu conheço de mandarins (não obstante os outros) que partilha informação vital. Tenho a certeza que todo este trabalho, esforço e paixão que tens pelos mandarins vai ser recompensado, sinceramente não vejo isto de outra forma e nada acontece por acaso.
Tenho a certeza que te espera um futuro promissor.
Concordo com o Sr Pereira na questão que levantou embora não possa afirmar nada de concreto em relação aos mandarins. Já no meu caso, existem diferenças bem evidentes de aves nevadas e intensas e mais uma vez não são nada fáceis de distinguir, mesmo pelas penas. Nos bicos de lacre, as aves introduzidas no Brasil apresentam maioritariamente características de intensos (e no entanto, tais como os "nossos", são oriundos de África), as cores são muito mais vivas. Não terá só a ver com o clima (mas também), a alimentação está a dar um "empurrão".
Neste momento como estão disseminados em alguns continentes, estão a surgir novas subespécies do bico de lacre comum, em que o clima e a alimentação é preponderante para a evolução dos mesmos. Nada de estudos 100% eficazes, mas noto algumas diferenças evidentes em fotos das aves de continentes diferentes.
Continua com o bom trabalho Jorge, como te disse, os resultados aparecerão.
Votos de boas criações a todos.
Abraço
Fernando Domingues
Fernando Domingues- Mensagens : 327
Data de inscrição : 07/08/2009
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boas Fernando, muito obrigado pelo apoio.
Pois é, se calhar está mesmo relacionado com o clima, mas temos que tentar contrariar esta situação e tentar tirar mais nevados, só assim poderemos dar o próximo passo em termos de exposição a alto nível. Posso dizer-te que este ano pela primeira vez estou a tirar pássaros com mais plumagem, e acredita que a diferença é brutal. Mais uma vez obrigado.
Pois é, se calhar está mesmo relacionado com o clima, mas temos que tentar contrariar esta situação e tentar tirar mais nevados, só assim poderemos dar o próximo passo em termos de exposição a alto nível. Posso dizer-te que este ano pela primeira vez estou a tirar pássaros com mais plumagem, e acredita que a diferença é brutal. Mais uma vez obrigado.
Jorge Pinto- Moderador
- Mensagens : 838
Data de inscrição : 17/06/2009
Localização : V.N.Gaia
Plumagem nos mandarins
Boas,
As diferenças de plumagem existem em todas as espécies de forma natural.
Com a selecção são intensificadas e tornam-se mais visíveis.
No caso do mandarim (ao contrário do canário) a diferença entre "intenso" e "nevado" ou "tight", "buff" e "double buff" na terminologia inglesa não é tão estável ao ponto de poder ser trabalhada de forma qualitativa (é ou não é e buff x não buff = X).
Ainda está numa fase de selecção de linhas e apuramento. Como referência prática, um bom exemplo de aves com predominância de caracteristicas double buff são as linhas inglesas, buff a alemã e tight a belga. Mas como é óbvio existem muitas posições intermédias.
Os standards actuais COM favorecem sem dúvida as linhas mais intensas e os factores buff são facilmente confundidos com tamanho e porte. Embora o afectem estamos a falar de variações reais de plumagem e sub-plumagem e muitas vezes são mal aplicados.
Começar a pensar em trabalhar este nivel de selecção só faz sentido em linhas evoluidas e estáveis em termos de cor, marcação e porte. Como curiosidade nos mandarins identifica-se muito bem a predominancia do tipo de plumagem na cabeça.
Cumprimentos,
Ricardo M.
As diferenças de plumagem existem em todas as espécies de forma natural.
Com a selecção são intensificadas e tornam-se mais visíveis.
No caso do mandarim (ao contrário do canário) a diferença entre "intenso" e "nevado" ou "tight", "buff" e "double buff" na terminologia inglesa não é tão estável ao ponto de poder ser trabalhada de forma qualitativa (é ou não é e buff x não buff = X).
Ainda está numa fase de selecção de linhas e apuramento. Como referência prática, um bom exemplo de aves com predominância de caracteristicas double buff são as linhas inglesas, buff a alemã e tight a belga. Mas como é óbvio existem muitas posições intermédias.
Os standards actuais COM favorecem sem dúvida as linhas mais intensas e os factores buff são facilmente confundidos com tamanho e porte. Embora o afectem estamos a falar de variações reais de plumagem e sub-plumagem e muitas vezes são mal aplicados.
Começar a pensar em trabalhar este nivel de selecção só faz sentido em linhas evoluidas e estáveis em termos de cor, marcação e porte. Como curiosidade nos mandarins identifica-se muito bem a predominancia do tipo de plumagem na cabeça.
Cumprimentos,
Ricardo M.
AvilandiaPT- Mensagens : 1278
Data de inscrição : 18/12/2008
Localização : Benavente
PAÍS : PORTUGAL
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boas Ricardo.
Estou de acordo consigo, de facto muitas vezes confunde-se um nevado com um pássaro de maior porte, e então toca a juntar dois "grandes", quando por vezes apenas temos dois nevados, daí os erros de avaliação levarem a erros de cruzamento.
Quando diz que só faz sentido trabalhar a plumagem quando já se tem tudo o resto estável, não concordo inteiramente, penso que se pode e que se deve trabalhar também esta caracteristica juntamente com todas as outras, não digo que seja fácil, mas o desafio é mesmo esse.
Obrigado por comentar, é sempre agradável a troca e partilha de experiências.
Estou de acordo consigo, de facto muitas vezes confunde-se um nevado com um pássaro de maior porte, e então toca a juntar dois "grandes", quando por vezes apenas temos dois nevados, daí os erros de avaliação levarem a erros de cruzamento.
Quando diz que só faz sentido trabalhar a plumagem quando já se tem tudo o resto estável, não concordo inteiramente, penso que se pode e que se deve trabalhar também esta caracteristica juntamente com todas as outras, não digo que seja fácil, mas o desafio é mesmo esse.
Obrigado por comentar, é sempre agradável a troca e partilha de experiências.
Jorge Pinto- Moderador
- Mensagens : 838
Data de inscrição : 17/06/2009
Localização : V.N.Gaia
Plumagens
Olá Jorge.
Quando referi que se devia estabilizar primeiro cor e marcação da linha é porque não se consegue (deve) comparar estes factores sem ter em atenção o tipo de plumagem.
E sem isso pode-se comprometer facilmente a escolha dos casais ou do esquema de selecção. Um exemplo, sobretudo nas linhas castanhas e diluidas, meter aves de plumagem mais larga implica sempre perder intensidade de cor. Mas um castanho duplo buff (nevado) não vai ter nem de longe nem de perto a intensidade de cor de um intenso. E o objectivo é criar uma cor estável. Ao formar um casal é preciso dar esse "desconto". Admitir um buff que seja mais claro do que deveria não é problema, da mesma forma que um intenso pode ser mais "carregado". Isto vê-se muito em fêmeas em exposição que apresentam um castanho bastante escuro, quando a mim demasiado. Quase sempre com plumagens mais intensas. Os ingleses têm um bom termo para essa diferença quando descrevem o castanho como quente ou frio.
Claro que é sempre bom trocar opiniões. Eu não tenho mais razão que ninguém, é apenas o meu ponto de vista ao longo de uns quantos anos disto. Até porque gosto bastante de genética de selecção.
Uma dificuldade que encontro em muitos criadores (não quero dizer que seja o caso!) está em perceberem a diferença da genética das mutações para a genética de selecção. E isso dificulta muito o seu trabalho de selecção porque se concentram na qualidade das aves individuais e não da linha.
Cumprimentos,
Ricardo M.
Quando referi que se devia estabilizar primeiro cor e marcação da linha é porque não se consegue (deve) comparar estes factores sem ter em atenção o tipo de plumagem.
E sem isso pode-se comprometer facilmente a escolha dos casais ou do esquema de selecção. Um exemplo, sobretudo nas linhas castanhas e diluidas, meter aves de plumagem mais larga implica sempre perder intensidade de cor. Mas um castanho duplo buff (nevado) não vai ter nem de longe nem de perto a intensidade de cor de um intenso. E o objectivo é criar uma cor estável. Ao formar um casal é preciso dar esse "desconto". Admitir um buff que seja mais claro do que deveria não é problema, da mesma forma que um intenso pode ser mais "carregado". Isto vê-se muito em fêmeas em exposição que apresentam um castanho bastante escuro, quando a mim demasiado. Quase sempre com plumagens mais intensas. Os ingleses têm um bom termo para essa diferença quando descrevem o castanho como quente ou frio.
Claro que é sempre bom trocar opiniões. Eu não tenho mais razão que ninguém, é apenas o meu ponto de vista ao longo de uns quantos anos disto. Até porque gosto bastante de genética de selecção.
Uma dificuldade que encontro em muitos criadores (não quero dizer que seja o caso!) está em perceberem a diferença da genética das mutações para a genética de selecção. E isso dificulta muito o seu trabalho de selecção porque se concentram na qualidade das aves individuais e não da linha.
Cumprimentos,
Ricardo M.
AvilandiaPT- Mensagens : 1278
Data de inscrição : 18/12/2008
Localização : Benavente
PAÍS : PORTUGAL
Re: TIPO DE PLUMAGEM NO D. MANDARIM
Boas,
ainda sou novo nisto mas queria agradecer pelos artigos sobre mandarins que têm sido fornecidos ao longo dos tempos pelo Jorge Pinto, têm me ajudado a compreender o que é, de facto, o mandarim. Ainda no outro dia descobri um poster sobre diferentes tipos de mandarins, acho que ia dando em doido com tantas características
ainda sou novo nisto mas queria agradecer pelos artigos sobre mandarins que têm sido fornecidos ao longo dos tempos pelo Jorge Pinto, têm me ajudado a compreender o que é, de facto, o mandarim. Ainda no outro dia descobri um poster sobre diferentes tipos de mandarins, acho que ia dando em doido com tantas características
AndréRodrigues- Mensagens : 7
Data de inscrição : 16/03/2011
plumagem
Muitos parabéns por este artigo, é uma coisa que pouca gente dá importância, mas é uma das coisas mais fundamentais para quem cria aves de exposição
gonçalo92- Mensagens : 79
Data de inscrição : 04/04/2011
Localização : caneças
PAÍS : portugal
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