Diamante Gould com bico estranho

Spoiler:

João Alberto Miranda escreveu:Dei a minha opinião, franca e desinteressada. Disse o que faria, se a ave fosse minha.
Temos o dever de contribuir para o fortalecimento das espécies que reproduzimos, e isso passa, necessariamente, por não metermos à reprodução qualquer coisa que mexa, independentemente da sua qualidade, ou do afecto que lhe possamos ter.
A ideia deveria ser essa, mas a realidade é outra, nós não criamos para fortalecer a espécie, se fosse isso então não criávamos mutações ou aves com standard redondo, penas frisadas etc, nesse aspecto somos todos bastante egoístas.
Todos nós sabemos, ou deveríamos saber, as inconsciências que por aí grassam em termos de cruzamentos… de consanguinidades…

Não afirmei que se tratava de um problema de consanguinidade o que disse foi que “Não devemos ter, e muito menos reproduzir, com aves de susceptibilidade elevada para contrair doenças e/ou com problemas de ordem genética, muitas vezes, umas e outras, provocadas pelas consanguinidades descontroladas...”

Da mesma forma jamais afirmaria, ou concordaria com a afirmação, de que “Não tem nada a ver com genética e consanguinidades”
Se forem ácaros/fungos/sarna etc, não tem nada a ver com genética nem consanguinidades, é certo lol. Se a ave apanhou já no viveiro junto com as outras aves simplesmente é uma ave azarenta, mais nada, mas pode ter apanhado noutro lado, não sei se nasceu em casa do criador ou não. Mesmo que seja a ave mais robusta do viveiro todo pode apanhar a doença como outra ave qualquer, é como os piolhos, antigamente na escola não apanhavam piolhos? Era só as crianças mais franzinhas que apanhavam? Não, apanhava quem estivesse em contacto com os piolhos ou tivesse uma má higiene por exemplo


Estas afirmações só se devem fazer, com crédito, (i) se conhecemos os ascendentes da ave – o que não é o caso, e (ii) se estamos possuídos dos conhecimentos e conceitos que subjazem as regras da hereditariedade, hoje bem estudas e com leis bem determinadas.

Voltando ao Gould sub judice reafirmo:

1) Trata-se de ave com as suas defesas naturais fragilizadas (facto objectivo:  coabita com outras aves e só esta tem este problema), uma boa razão para o não meter a reproduzir.
2) Tem o maxilar inferior mais comprido do que o superior. Quando isto acontece em aves, com frequência a causa é a consanguinidade. De qualquer forma é um defeito. Segunda razão para não reproduzir com esta ave.
Totalmente errado, o facto de ter o bico desproporcional é um sintoma da doença, que mais uma vez realço que não é genético, por isso mesmo que crie não vai passar essa desproporção ás crias, vai sim se não for tratado e os ácaros não desaparecerem apegar os ácaros, mas por contacto.

Tão só!!!

De qualquer forma, gostaria de não ter razão, sobretudo para satisfação do dono da ave.
Por isso deixo-lhe aqui um repto, ou um pedido se quiser: quando esta ave estiver BOA poste aqui no fórum uma foto da mesma, e assim todos aprenderemos com este caso.
Cumprimentos
J. Alberto Miranda

exoticosftw escreveu:Faço minhas as palavras do borlock.


Fez bem em dar a sua opinião e agradeço que o tenha feito, só não concordo com algumas coisas como já deve ter percebido mas pronto...
Para esclarecer algumas coisas, a ave não foi criada em minha casa como até já tinha dito, foi me dada por um amigo e reproduziu no seu primeiro ano na casa de um outro amigo, mas este ano passado já não foi o caso, esteve sempre numa voadeira (não a minha) e foi ai que ficou infetado (mesmo estando nessa voadeira junto com outros passaros, foi o unico que ficou assim e não faço ideia do porquê). Esta é a questão essencial, desde o início: tudo indica tratar-se de uma ave com as suas defesas abaixo do desejável.
Assunto encerrado até a vermos totalmente recuperada.
Quando o trouxe para minha casa com intenção de fazer os tratamentos ficou inicialmente no viveiro em que tenho mandarins e alguns goulds em repouso (não achei que houvesse risco de propagação por não ter havido esse problema na anterior voadeira).

Agora já está isolada e no decorrer do primeiro tratamento antes do Ivomec (insisto no Ivomec porque me parece ser o mais adequado para esta situação, mas como já tinha começado este....) e é claro que se houver progressos tenho todo o gosto em partilhar.

Para tentar evitar riscos de poder vir a ter este problema com as aves do viveiro também está tudo com anti-parasitas.

A ave não é para reproduzir, até porque fica muito aquem do que quero ter para reprodutores, mas nunca se sabe o dia de amanhã e pode me vir a fazer falta, nem que seja para vender.

exoticosftw escreveu:Faço minhas as palavras do borlock.


Fez bem em dar a sua opinião e agradeço que o tenha feito, só não concordo com algumas coisas como já deve ter percebido mas pronto...
Para esclarecer algumas coisas, a ave não foi criada em minha casa como até já tinha dito, foi me dada por um amigo e reproduziu no seu primeiro ano na casa de um outro amigo, mas este ano passado já não foi o caso, esteve sempre numa voadeira (não a minha) e foi ai que ficou infetado (mesmo estando nessa voadeira junto com outros passaros, foi o unico que ficou assim e não faço ideia do porquê). Esta é a questão essencial, desde o início: tudo indica tratar-se de uma ave com as suas defesas abaixo do desejável.
Assunto encerrado até a vermos totalmente recuperada.
Quando o trouxe para minha casa com intenção de fazer os tratamentos ficou inicialmente no viveiro em que tenho mandarins e alguns goulds em repouso (não achei que houvesse risco de propagação por não ter havido esse problema na anterior voadeira).

Agora já está isolada e no decorrer do primeiro tratamento antes do Ivomec (insisto no Ivomec porque me parece ser o mais adequado para esta situação, mas como já tinha começado este....) e é claro que se houver progressos tenho todo o gosto em partilhar.

Para tentar evitar riscos de poder vir a ter este problema com as aves do viveiro também está tudo com anti-parasitas.

A ave não é para reproduzir, até porque fica muito aquem do que quero ter para reprodutores, mas nunca se sabe o dia de amanhã e pode me vir a fazer falta, nem que seja para vender.